
Foi anunciado o fim da guerra no Afeganistão, com a vitória dos talibãs, que tomaram o controlo de Cabul, no domingo, depois de terem entrado na capital sem encontrar resistência, com o domínio de quase todas as províncias, e com a fuga do presidente Ashraf Ghani.
Assim, com o controlo dos talibãs, as mulheres afegãs voltam a ser as principais vítimas da brutalidade do grupo radical islâmico e podem perder os direitos que conseguiram nos últimos 20 anos – desde que os extremistas foram expulsos da capital pelos Estados Unidos, que invadiram o país em resposta aos ataques de 11 de setembro de 2001.
Estes são apenas cinco dos direitos que as mulheres afegãs podem perder com o controlo dos talibãs.
Os talibãs já avisaram que raparigas com mais de 12 anos serão impedidas de ter acesso à educação, ou seja, não poderão ir à escola, à universidade ou qualquer instituição de ensino.
Além disso, as mulheres também vão voltar a ser proibidas de trabalhar e, com isso, apenas médicas e enfermeiras poderão integrar o mercado de trabalho.
As mulheres serão obrigadas a usar burca – que cobre todo o corpo feminino e permite que apenas os olhos sejam expostos -, sendo impedidas de usar maquilhagem ou verniz nas unhas.
Será proibido que pratiquem qualquer desporto ou entrem em clubes desportivos, como destaca o jornal espanhol Marca. Até mesmo andar de bicicleta ou motorizada passa a ser proibido.

As mulheres serão impedidas de aparecer na televisão e fotografias de mulheres não podem ser publicadas em livros ou revistas, nem mesmo penduradas em paredes da própria casa.