Cinco razões para usar o preservativo feminino

 

Este sábado, 16 de setembro, assinala-se o Dia do Preservativo Feminino, método contracetivo semelhante ao masculino, mas para mulheres. Apesar de existir desde a década de 1990 e das campanhas de sensibilização para as mulheres terem um método contracetivo que as proteja das doenças sexualmente transmissíveis, em Portugal o seu uso ainda é pouco mais do que residual, quando comparado com a versão masculina. Mais caro que este, de aplicação interna e de colocação pouco fácil, o preservativo feminino acaba por não convencer muitas mulheres.

 

Desconforto vs prazer
Para alguns especialistas em sexualidade, como Carmo Gê Pereira, “é preciso falar da questão das larguras nominais. Já há no mercado preservativos com diferentes larguras, é preciso descobrir quais os mais indicados para cada um”. No mesmo sentido, lembra que também já existem preservativos feitos em materiais diferentes, como os contracetivos sem látex, de poliuretano.


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Normalmente composto por uma bainha suave, forte e transparente de 17 centímetros de comprimento, cerca de 6,5 polegadas, o preservativo feminino tem um anel interior flexível e um anel externo que o mantém no lugar durante o ato sexual.

Além de método anticoncecional, previne contra as infeções sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV. Entre as vantagens para a mulher, a Associação de Planeamento Familiar destaca o facto de não apresentar efeitos secundários ou contraindicações graves, de não necessitar de supervisão médica e de ser um método cuja utilização depende da mulher, dando-lhe mais independência sobre a sua sexualidade.

Por outro lado, também pode ajudar a apimentar a relação sexual, como pode ver na galeria, onde explicamos as vantagens do preservativo feminino.

Difícil de encontrar à venda

Entre 2012 e 2014, a Comissão Nacional para a Infeção HIV/Sida multiplicou por cinco o número de preservativos femininos distribuídos no país, mas são poucas as farmácias que os comercializam, sendo disponibilizados, sobretudo, nas unidades de saúde e organizações de planeamento familiar.

Segundo a Control, marca líder de mercado em Portugal, “a disponibilização não é feita de forma comercial, não estão disponíveis nos principais canais de venda/acesso uma vez que as unidades consumidas são extremamente baixas. Estima-se que 99,99% do mercado corresponda a preservativos masculinos”.

 

AT

Imagem de destaque: Shutterstock