A relação entre noras e sogras sempre foi de difícil gestão, contactos que, de forma permanente ou episódica, podem resvalar para o conflito.
Margarida Vieitez, especialista em mediação familiar e gestão de conflitos deixa cinco caminhos possíveis para a resolução de guerra que, por vezes, parece nunca mais ter fim.
Para esta técnica, a primeira medida a tomar passa, necessariamente, pela tomada de consciência da “existência do conflito e das repercussões psicológicas do mesmo em todos os envolvidos”. Posteriormente, Vieitez recomenda que se “aprenda a comunicar de forma assertiva, dizendo [as envolvidas] o que sentem com respeito e empatia” e que se identifiquem “os problemas existentes, a verbalização de ressentimentos e interesses e a descoberta da origem do conflito”. A especialista lembra ainda que é importante “aprender a gerir os conflitos ‘de uma outra maneira’ e que é preciso “habilitar as partes com ‘instrumentos’ que possibilitem o foco nas interações positivas e a resolução atempada e rápida das diferenças”, refere ao Delas.pt, por escrito.
Uma guerra em que os mais novos são os mais prejudicados
Com experiência profissional de anos a mediar conflitos entre noras e sogras, Margarida Vieitez tem-se apercebido que há cinco fatores que “influenciam determinantemente a relação”. E enumera-os: “a necessidade de controlo e de atenção, os ciúmes, a invasão da privacidade e o desrespeito pelos limites estabelecidos pelo casal”.
Uma disputa cheia de estilhaços sobretudo para os mais novos, e que ganha dimensões preocupantes quando as intervenientes são personalidades públicas. Afinal, refere Vieitez, falamos de situações que “causam um desgaste psicológico e emocional a todos os elementos da família e muito especialmente às crianças”.
Contudo – e agora uma nota de esperança -, a especialista crê que, “na maioria das vezes, são casos que se resolvem num curto período de tempo, devolvendo o bem-estar emocional a todos os envolvidos”, refere ao Delas.pt.
Uma resolução de um problema que poderá e deverá contemplar o “recurso a um especialista em Mediação Familiar e de conflitos que, sob total confidencialidade, as irá ajudar a identificar as razões subjacentes ao conflito, a resolver o mesmo, a manter os laços de afeto e a estabilidade emocional familiar”, afirma a especialista.
As soluções? São cinco, segundo a especialista. Veja abaixo quais:
1 – Tomar consciência da existência do conflito e das repercussões psicológicas do mesmo em todos os envolvidos.