Cinco soluções para melhorar a relação entre noras e sogras

A relação entre noras e sogras sempre foi de difícil gestão, contactos que, de forma permanente ou episódica, podem resvalar para o conflito. Se olharmos para casos de figuras públicas, os danos podem ganhar proporções épicas, como temos assistido recentemente às múltiplas notícias que dão conta de desaguisados entre Dolores Aveiro e Georgina Rodriguez, mãe e companheira de Cristiano Ronaldo, respetivamente. Mas já lá vamos.

Mais ou menos públicos, Margarida Vieitez, especialista em mediação familiar e gestão de conflitos – e que frisa não querer comentar este caso mediático em particular -, deixa cinco caminhos possíveis para a resolução de guerra que, por vezes, parece nunca mais ter fim.

Margarida Vieitez (Fotografia: Leonardo Negrão / Global Imagens)

Para esta técnica, a primeira medida a tomar passa, necessariamente, pela tomada de consciência da “existência do conflito e das repercussões psicológicas do mesmo em todos os envolvidos”. Posteriormente, Vieitez recomenda que se “aprenda a comunicar de forma assertiva, dizendo [as envolvidas] o que sentem com respeito e empatia” e que se identifiquem “os problemas existentes, a verbalização de ressentimentos e interesses e a descoberta da origem do conflito”. A especialista lembra ainda que é importante “aprender a gerir os conflitos ‘de uma outra maneira’ e que é preciso “habilitar as partes com ‘instrumentos’ que possibilitem o foco nas interações positivas e a resolução atempada e rápida das diferenças”, refere ao Delas.pt, por escrito.

Juntas nas bancadas do estádio, separadas no dia a dia

Olhando agora para o caso em concreto, recorde-se que Dolores Aveiro chegou a Turim há dois dias, matou saudades dos netos e até foi ver o filho jogar num encontro entre a Juventus e Bolonha. Nas bancadas, mãe e mulher de Cristiano Ronaldo, assistiram à partida, mas sempre com Cristianinho, filho do craque, pelo meio. Imagens que nem sempre revelaram momentos de cumplicidade entre ambas.

Já esta sexta-feira de manhã, 28 de setembro, enquanto a mãe do jogador publicava, na sua conta de Instagram, uma imagem a visitar uma igreja e desejava a todos um bom fim-de-semana, Georgina rumava a a outros destinos. Mais um capítulo para a já longa e mediática história deste desencontro

https://www.instagram.com/p/BoQ1UbTHvJc/?hl=pt&taken-by=doloresaveiroofficial

Por volta da mesma hora e na mesma rede social, Gio, companheira do internacional português, escrevia “Bonjour Paris”, fotografando-se à porta do aeroporto com um ar sorridente.

https://www.instagram.com/p/BoQlJp1BWaR/?hl=pt&taken-by=georginagio

Recorrentes as notícias de que têm dado conta de que Dolores e Georgina têm vindo a trocar mensagens que denunciam algum mal-estar, a verdade é que agora, nesta visita da matriarca a Itália – meses depois de ter sido conhecido o facto de que Dolores iria abandonar a casa da família e dos netos -, ela mal se cruza com a companheira do filho.

Uma guerra em que os mais novos são os mais prejudicados

Com experiência profissional de anos a mediar conflitos entre noras e sogras, Margarida Vieitez tem-se apercebido que há cinco fatores que “influenciam determinantemente a relação”. E enumera-os: “a necessidade de controlo e de atenção, os ciúmes, a invasão da privacidade e o desrespeito pelos limites estabelecidos pelo casal”.

Uma disputa cheia de estilhaços sobretudo para os mais novos, e que ganha dimensões preocupantes quando as intervenientes são personalidades públicas. Afinal, refere Vieitez, falamos de situações que “causam um desgaste psicológico e emocional a todos os elementos da família e muito especialmente às crianças”.

São situações que “causam um desgaste psicológico e emocional a todos os elementos da família e muito especialmente às crianças”

Contudo – e agora uma nota de esperança -, a especialista crê que, “na maioria das vezes, são casos que se resolvem num curto período de tempo, devolvendo o bem-estar emocional a todos os envolvidos”, refere ao Delas.pt.

Uma resolução de um problema que poderá e deverá contemplar o “recurso a um especialista em Mediação Familiar e de conflitos que, sob total confidencialidade, as irá ajudar a identificar as razões subjacentes ao conflito, a resolver o mesmo, a manter os laços de afeto e a estabilidade emocional familiar”, afirma a especialista.

Imagem de destaque: Montagem Instagram

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