Cláudia Azevedo assume liderança da Sonae em 2019

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Cláudia Azevedo assume a presidência executiva da Sonae em 2019 [Fotografia: Carlos Manuel Martins/Global Imagens]

A suceder ao irmão, Paulo Azevedo, Cláudia Azevedo assume em 2019 a presidência executiva da Sonae. Esta é a primeira grande mudança do grupo após a morte do pai, Belmiro de Azevedo, em novembro de 2017.

A filha mais nova de Belmiro de Azevedo, que foi um dos homens mais ricos de Portugal, (irmã de Paulo Azevedo e Nuno Azevedo) faz 49 anos em 13 de janeiro, tem dois filhos e é licenciada em Gestão pela Universidade Católica do Porto, tendo um MBA (sigla em inglês para Master of Business Administration) na escola de negócios Insead.

Cláudia Azevedo foi, nos últimos anos, presidente executiva da Sonae Capital, com atividade em hotelaria, ‘fitness’ e energia, tendo renunciado ao cargo para se preparar para a liderança que assume no próximo ano. O anúncio de que iria ser a próxima presidente executiva do grupo com negócios em áreas tão variadas como retalho, telecomunicações, tecnologia, centros comerciais, entre outros, foi feito em 17 de julho. Esta sucessão foi feita a pedido da Efanor, ‘holding’ da família de Belmiro de Azevedo, que detém 53% da Sonae SGPS.

A escolha de Cláudia Azevedo acontece “na sequência da vontade manifestada pelos engenheiros Paulo Azevedo e Ângelo Paupério de, após o termo do atual mandato, passarem o testemunho das funções executivas até agora exercidas”, explicou na altura a Efanor.

O Conselho de Administração da Sonae SGPS justificou, também na altura, a escolha de Cláudia Azevedo pelo seu “percurso profissional notável no grupo Sonae, […] caracterizado pela questão de portfólios diversificados e pela internacionalização dos negócios de várias participadas”, destacando “experiência e aptidões particularmente adequadas para” a nova função. Paulo Azevedo é presidente executivo da Sonae desde 2007, sendo que em 2015 passou a dividir com Ângelo Paupério a liderança.

“Agradeço o voto de confiança manifestado pelo Conselho de Administração da Sonae e pelo Conselho de Administração da Efanor na proposta da minha eleição para CEO [presidente executiva] da Sonae para o mandato a iniciar em 2019”, afirmou em julho passado Cláudia Azevedo, adiantando aceitar a “responsabilidade” com a “convicção de quem olha para o futuro e tem a confiança de ter nos valores Sonae a determinação e otimismo necessários para enfrentar os desafios seguramente surgirão”.

De acordo com os últimos dados disponíveis no ‘site’ da Sonae SGPS, a Efanor detém 52,69% da empresa, o BPI 8,9% e a Fundação Berardo 2,5%. A Magallanes detém 2,03% e a Invesco 2,06%, estando o restante capital disperso.

Entre o portefólio de negócios da Sonae constam a Sonae MC (retalho alimentar, saúde e bem-estar), detida a 100%, a Sonae S&F (retalho especializado de desporto e vestuário), também detida na íntegra, tal como a Worten (retalho de eletrónica), Sonae RP (imobiliário de retalho) e Sonae FS (serviços financeiros). Além disso, o grupo detém atividades nas telecomunicações, centros comerciais e tecnologia.

Imagem de destaque: Carlos Manuel Martins/Global Imagens

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