Como acabar o secundário com uma média alta? Este professor explica

A caminhada do professor Jorge Rio Cardoso como bestseller começou em 2008, com o livro Ser Bom Aluno, ‘Bora Lá?. Seguiu-se O Método Ser Bom Aluno, ‘Bora Lá?, quatro anos depois, e o livro Este Ano vais Ser o Melhor Aluno! ‘Bora Lá?, em 2016. Neste regresso às aulas, o autor volta às prateleiras das livrarias com uma obra dedicada aos alunos que vão para o ensino secundário e estão preocupados em ter uma boa média para poderem entrar no curso com que tanto sonham na universidade.

Nas 200 páginas deste livro os jovens estudantes têm acesso a ferramentas essenciais para o sucesso (pode ver quais são, de forma resumida, na galeria de imagens acima), aprendem a construir um bom currículo e ficam a conhecer as competências de estudo que devem adquirir.

“No fundo, mais do que ter bons resultados escolares o livro pretende que o aluno crie hábitos de trabalho. Insiste muito na programação do estudo e de outras atividades, procura que o aluno se responsabilize por isso e também lhe vai dizendo – e esse é um ponto muito importante do livro – que um bom aluno não é só aquele que tem boas notas. Tem de ter boas atitudes e outras competências como, por exemplo, saber trabalhar em equipa”, explicou ao Delas.pt Jorge Rio Cardoso.

Acabar o secundário ou a universidade com uma média alta está longe de ser um fator decisivo para as empresas na altura de recrutar. O professor universitário tem noção desta realidade e não a esqueceu quando escreveu Do Secundário à Universidade com Sucesso, ‘Bora lá?.

“O paradigma daquela pessoa que tem a melhor média da Nova ou do Técnico e depois vai para uma empresa com tiques de vedeta, isola-se e não cria empatia com os outros está um bocado em desuso. A colaboração entre todos é muito importante até para o sucesso da organização”, afirmou o professor.

Quando um bom aluno do básico não é um bom aluno no secundário

Os estudantes que são bons alunos no ensino básico nem sempre continuam com a mesma prestação no secundário e na universidade. Um fenómeno que, segundo o professor, não é tão estranho como parece e explica-se com o facto de estes níveis de aprendizagem exigirem uma apresentação mais aprofundada dos conhecimentos.

“No secundário reproduz-se menos aquilo que se ouve, algo que no básico era suficiente para ser um bom aluno. Nesta fase têm de aprofundar mais a matéria, questionarem-se mais sobre aquilo e terem pensamento crítico, que é algo que os alunos universitários também têm de ter. Esse espírito crítico é muito importante, é ele que um dia pode vir a mudar as organizações”, sublinhou o docente.

Uma mensagem importante para as meninas

Numa conversa com as responsáveis pela Microsoft em Portugal, Jorge Rio Cardoso apercebeu-se de uma realidade na qual nunca tinha reparado: as meninas perdem o interesse pela tecnologia depois dos 15 anos por assumirem que se trata de uma área de rapazes. Para mudar a mentalidade das adolescentes portuguesas, o professor dedicou-lhe um capítulo no livro: “Tecnologias: menina também entra!“.

“Elas têm reparado no terreno que, apesar da atração pelas tecnologias ser igual para ambos os géneros, quando chega a altura de decidir os rapazes optam muito mais pelas tecnologias do que elas, que acabam por desistir achando que não têm vocação. Dei a esse tópico o nome de “menina também entra” exatamente para mostrar às meninas que a tecnologia não é uma coisa de rapazes, é também para elas e faz todo o sentido que assim seja”, acrescentou o autor de Do Secundário à Universidade com Sucesso, ‘Bora lá?.

Ficha técnica do livro:

Do Secundário à Universidade com Sucesso, ‘Bora lá?, Jorge Rio Cardoso. Guerra & Paz, 14,99 euros

Cátia Carmo