Como identificar ‘falsos’ coaches. Cinco detalhes que os denunciam

pexels-cottonbro-studio-4098287
[Fotografia: Pexels/Cottonbro]

Jaime Ferreira da Silva é psicólogo e um dos primeiros profissionais formados em coaching psicológico em Portugal, há cerca de 20 anos. Como especialista na matéria e presidente do Conselho de Especialidade – Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações, na OPP – tem analisado o realidade do falso coaching em Portugal.

Num documento que partilhou com o Delas.pt/JN, o especialista elencou cinco fatores de risco que ajudam a detetar falsos prestadores destes cuidados: “Identifico neste meio de cultura cinco A’s Problemáticos: a apetência por mudar de trabalho sem esforço, a ausência de conhecimento certificado em Psicologia, o atrevimento, a ausência de escrúpulos, a atração pelo palco”, refere.

Jaime Ferreira da Silva, psicólogo, coach psicológico e presidente do Conselho de Especialidade - Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações, na Ordem dos Psicólogos Portugueses [Fotografia: DR]
Jaime Ferreira da Silva, psicólogo, coach psicológico e presidente do Conselho de Especialidade – Psicologia do Trabalho, Social e das Organizações, na Ordem dos Psicólogos Portugueses [Fotografia: DR]

Uma realidade que acarreta “riscos para a saúde pública”, como alerta Jaime Ferreira da Silva. “A OPP recebe em média 10-15 queixas semanalmente relativas a práticas psicológicas perpetradas na sua esmagadora maioria por não-psicólogos. Admitindo que existe em Portugal uma tradição de queixume em surdina que não redunda em queixa formal, poderemos hipotetizar com realismo que apenas um em cada quatro ocorrências é reportada. Estamos a falar de centenas, provavelmente milhares de pessoas lesadas anualmente”, sublinha, no documento.