Como Kim Kardashian se preparou para a Casa Branca

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[Fotografia: Instagram]

Está instalada a confusão. Depois do anúncio a candidatura à Casa Branca, um elemento da equipa política do rapper norte-americano Kanye West refere, à revista New York Magazine que a candidatura deverá ser suspensa dentro de horas. Steve Krammer não avança, contudo, mais detalhes sobre as razões do recuo.

Independentemente da decisão, há muito que Kim Kardashian se prepara para a chegar à Sala Oval, aliás, onde foi já fotografada. Mas já lá vamos.

O rapper norte-americano Kanye West surpreendeu recentemente quando anunciou que ia concorrer à presidência dos Estados Unidos da América, ainda este ano. A notícia foi dada pelo artista através de uma publicação no Twitter, feita a 5 de julho. Um desafio ao atual presidente dos EUA, Donald Trump, e ao principal rival democrata, ex-vice-presidente Joe Biden. Depois do anúncio, reiterado em entrevista recente à revista Forbes, muitas pessoas começaram a questionar como será que vai reagir Kim Kardashian como primeira-dama.

Apesar de as mais recentes sondagens, feitas a 9 de julho, revelarem que o rapper consegue apenas 2% das intenções de voto, Kanye West e Kim Kardashian preparam-se agora para dar um novo rumo à sua vida. Recolha de dados feita junto de dois mil eleitores e que colocam o mediático candidato bem longe do atual presidente, Donald Trump, que teve 39%, e do candidato democrata, Joe Biden, que ficou à frente com 48%,

Considerada pela CFDA Awards como a maior influencer, em 2018 e dona de um grande império de beleza e protagonista de um dos reality shows mais famosos do mundo – Keeping Up With The Kardashians -, a socialite norte-americana sabe sobre a arte dos negócios, sendo que a sua marca de cosméticos, KKW Beauty está avaliada em mil milhões de dólares, cerca de 900 milhões de euros, fazendo de Kim Kardashian uma recente bilionária.

A preparação de Kim Kardashian

Quanto à área da política, depois de decidir seguir as pegadas do pai, o advogado Robert Kardashian, e começar a estudar para se tornar advogada, a mulher de Kanye West já se diferenciou dos advogados comuns, sem ainda ter uma licenciatura, gerando polémica.

Em 2017, a estrela do clã Kardashian assumiu o caso de Alice Marie Johnson, uma mulher de 63 anos que estava desesperada quando perdeu o emprego ao envolver-se numa conspiração de drogas, nos anos 90, sendo condenada a prisão perpétua em 1996.

Kim Kardashian lutou até conseguir uma reunião com Donald Trump e Jared Kushner, conselheiro da Casa Branca. Uma semana depois, a sentença de Alice Marie Johnson foi comutada e ela passou a ser uma mulher livre.

Após ter conseguido o perdão para a reclusa Alice Marie Johnson a socialite foi confrontada pela CNN com uma possível candidatura à presidência dos EUA, no futuro.

Parece-me que nunca devemos dizer nunca. Mas não interprete isto como,’a Kim vai candidatar-se’. Não tenho esse pensamento”, respondeu Kim Kardashian, na altura

Mais recentemente, em 2019, a mulher de Kanye West conseguiu a revisão de 17 penas de prisão perpétua, na sua maioria crimes não violentos ligados às drogas, por outras penas mais leves.

Kim Kardashian tem então colocado os seus esforços especialmente em lutas ligadas aos presidiários, nomeadamente na tentativa de reduzir penas pesadas para mais leves, em crimes maioritariamente ligados ao mundo das drogas.

Apesar de não ter o curso de Direito, a lei da Califórnia (e a de outros quatro estados norte-americanos), apresenta uma alternativa a quem deseja seguir advocacia sem um curso superior.

Depois de Kanye West ter anunciado que se ia candidatar à presidência norte-americana, Kim Kardashian apenas falou do assunto três dias depois, ao partilhar um vídeo publicado pelo marido onde este explica como os cidadãos norte-americanos se poderão registar para votar.

Em declarações à revista Forbes, Kanye West já falou sobre as medidas políticas que vai adotar caso chegue ao cargo após as eleições em novembro, bem como alguns dos ideais que defende.

Embora ainda não tenha começado com uma campanha, o rapper diz que tem apenas apenas duas pessoas para serem os seus conselheiros de campanha: a mulher, Kim Kardashian, e o CEO da SpaceX e Tesla, Elon Musk, propondo que este último liderasse o programa espacial no qual pretende apostar.

Depois de ter sido apoiante de Donald Trump nas eleições de 2016, o artista garante que já não o é e que pretende concorrer como independente.

https://twitter.com/kanyewest/status/1279575273365594112

Os ideais de Kanye West

Após ter sido diagnosticado com Covid-19 em fevereiro e falando relativamente ao desenvolvimento da vacina do coronavírus, West revela-se cético: “muitas das nossas crianças são vacinadas e ficam paralisadas… Então, quando dizem que é através de uma vacina que vamos curar a Covid, sou extremamente cauteloso. Eles querem pôr chips dentro de nós, querem fazer todo o tipo de coisas connosco para que não consigamos atravessar os portões do paraíso”, explica em entrevista, acrescentando que as vacinas são “a marca da besta”.

Quando questionado acerca da lei do aborto, declara apenas que é a favor da vida, porque, deste modo, está a “seguir a palavra da Bíblia”, confessando que o serviço Planned Parenthood foi criado pelos supremacistas brancos para fazer “o trabalho do diabo”.

Kanye West pretende ainda renovar a Casa Branca e fazer com que fique fiel à imagem da nação de Wakanda, um país fictício que aparece no filme de super-heróis da Marvel Black Panther.

À Forbes, o artista revelou que “muitos africanos não gostam do filme e da representação de si mesmos em… Wakanda. Mas eu vou utilizar a estrutura dessa nação agora, porque é a melhor explicação de como o nosso grupo de designers se sentirá na Casa Branca”.

Quanto a outras questões políticas, como a emigração, o marido de Kim Kardashian admite que ainda não tem uma opinião formada, porque quer, em primeiro lugar, “proteger a América” com o seu “excelente exército”.

Enquanto o rapper não era uma pessoa ativamente política, sendo que nunca votou nas eleições presidenciais norte-americanas, Kim Kardashian já conhece bem o campo e tem vindo a aprimorar as suas habilidades políticas ao longo dos anos.