Como lidar com a perda de um bebé em final de gestação

Melissa Willet é mãe a tempo inteiro. Tem três filhas pequenas e escreve em diversos sites e blogues sobre a maternidade. Foi no blogue mais pessoal, em que escreve sobre o dia-a-dia da família, que apresentou a nova gravidez ao mundo e foi escrevendo sobre os comentários que ouvia, o cansaço que esta nova gestação lhe causava e também sobre as alegrias das três meninas que esperavam uma nova irmã. Em junho ficou a saber, durante um exame de rotina, que o feto tinha um diagnóstico reservado, em julho perdeu a criança, aos sete meses de gestação.

Num texto emocionado, explica que aprendeu “a lição brutal que a perda é a coisa mais solitária do planeta. Ninguém fala sobre isto. A vergonha, a culpa, a alienação, o trauma e o terror são sentidos em completa solidão.” Nesse mesmo texto de 10 de junho, Melissa Willet refere que apesar do desespero decidiu escolher a esperança e o amor. Um mês depois, na conta instagram da família Spitupnsuburbs inicia a publicação de fotografias com a hasthag #100daysofcara.

Esta segunda-feira, a explicação da hashtag é feita na página pessoal de Melissa no blogue Baby Center. Melissa, o marido e as três filhas juntaram-se para fazer uma lista de 100 coisas que queriam ter feito com a bebé falecida. A menina, que recebeu o nome de Cara, seria assim o motor de união e novas experiências desta família, de forma a que “o pouco de tempo de vida que teve connosco tivesse um propósito”, escreve a mãe.

A lista “com coisas grandes como ir à Disneyland e pequenas como saltar num monte de folhas secas” servirá para que todos possam falar melhor da perda que a família sofreu, que a possam ultrapassar e encontrar uma forma de serem felizes novamente. Na galeria acima pode ver uma listas das coisas que a família já fez para honrar a pequena Cara.