Como Michelle Obama roubou o título de mulher mais admirada a Hillary

Não pode vir mais a propósito, podem pensar os que querem ver Michelle Obama à frente dos destinos da Sala Oval. Numa altura em que surgem ecos em torno de uma eventual candidatura à Casa Branca, em 2020, a ex-primeira-dama dos Estados Unidos da América (EUA) e mulher de Barack Obama – que nega a intenção de se fazer à corrida política – acaba de se consagrar a mais admirada mulher do país.

Numa sondagem realizada pela empresa de estudos de opinião Gallup e divulgada na quinta-feira, 27 de dezembro, Michelle, de 54 anos, emerge como a mulher mais estimada pelos seus concidadãos, destronando a, até hoje, inabalável Hillary Clinton, com 71 anos.

Ora, esta já tinha aberto a porta à possibilidade de voltar a concorrer à presidência dos EUA – depois de ter perdido para Donald Trump – mas esta ultrapassagem de Michelle pode bem vir a dar novas indicações do caminho que os democratas podem seguir a breve trecho. Mas como é que ela conseguiu?

Um conto de fadas incompleto, Trump e as mulheres

Um livro e umas tantas revelações em torno de uma vida real que parece maravilhosa, mas que é, afinal, cheia de altos e baixos, consolidaram ainda mais o poder e influência de Michelle Obama junto dos cidadãos norte-americanos.

Capa do livro de memórias de Michelle Obama, ex-primeira dama dos Estados Unidos da América [Fotografia: DR]
A obra biográfica Becoming – A Minha História, lançada em novembro, é já a mais vendida do ano e conta detalhes que só tornam a advogada ainda mais próxima de todos.

Relatos que, à boleia do divulgação, não escondem, por exemplo, tratamentos de fertilidade, aborto e terapia de casal para salvar o casamento. O reconhecimento do medo, da insegurança e da superação foram também alguns dos desabafos que a ex-primeira-dama incluiu numa obra que, mostrando uma vida aparentemente perfeita, a tornou tão real como o seu público. Na galeria acima pode reler as 25 lições que Michelle escreveu em Becoming.

As guerras diretas com o atual presidente Trump, com duras críticas vertidas na obra, e a luta em prol das mulheres, um tema consistente ao longo do ano, projetaram ainda mais Michelle, sobretudo num ano de eleições intercalares norte-americanas nas quais o sexo feminino se impôs.

A todos estes combates e relatos juntam-se os momentos mais particulares em que a mulher de Barack Obama se assume como um ícone de estilo, de moda e glamour, consolidando influência numa outra esfera. Michelle tem estado, ao mesmo tempo, envolvida em pormenores curiosos com figuras públicas mundialmente acarinhadas. Quem não se lembra dos conselhos recentes que Michelle deixou a Meghan Markle, duquesa de Sussex grávida à espera do primeiro filho do príncipe Harry? Quem não sorriu com os desabafos do primeiro encontro com a rainha Isabel II?

Adeus consagração com 17 anos

De volta ao estudo de opinião norte-americano, Michelle tomou de assalto o ranking de popularidade e admiração e afastou do primeiro lugar uma mulher, Hillary Clinton, que não arredava pé da posição cimeira há 17 anos.

Hillary Clinton
Hillary Clinton [Fotografia: DR]

A mulher de Bill Clinton somava, até ao momento, 22 lideranças, sendo a recordista. O topo do pódio foi dela em 1993, 1994, ide 1997 a 2000 e de 2002 a 2017.

Na tabela de 2018, Oprah Winfrey ocupa segunda posição, seguida, então, de Hillary e de Melania Trump, atual primeira-dama dos EUA e mulher de Donald Trump.

Imagem de destaque: DR

O recado de Michelle Obama para Trump: “Qual é o teu problema?”