Como o novo livro de Michelle Obama pode mudar a sua vida

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A antiga primeira-dama dos Estados Unidos da América, Michelle Obama, já tinha lançado um livro biográfico de enorme sucesso e agora lança outro, prometendo mudar a sua vida. Escrito como sendo uma espécie de diário, ‘A minha história’, pretende fazer com que “encontre a sua voz”.

Este novo diário, ‘A minha história’, tem um valor de €16.90 e é editado pela Penguin Random House. Nele vai encontrar várias citações inspiradoras, bem como muito espaço para escrever a sua história, os seus melhores e piores momentos, as suas frases motivacionais preferidas e também a incentiva a escrever sobre as pessoas que mais ama e mais a ajudaram ao longo da vida.

Em ‘Becoming’, o seu primeiro livro biográfico, várias são as revelações mencionadas, com direito à partilha de detalhes da sua vida privada antes e depois de conhecer Barack Obama. A sua vida anterior e posterior à entrada na Casa Branca é também narrada ao pormenor nesta obra.

Capa do livro de memórias de Michelle Obama. [Fotografia: DR]
Na altura, lemos o livro de Michelle Obama de uma ponta à outra: quase 500 páginas de histórias, dilemas e realidades comuns a boa parte dos leitores e leitoras.

Desde o assédio, passando pela dor e pelo luto, sem esquecer os desafios profissionais e amorosos que nos abanam e transtornam. Michelle abordou ainda a forma de lidar com um aborto e explora temas como a superação e a terapia de casal.

Reunimos 25 lições de vida que o livro nos ensinou e partilhámo-las consigo. Pode ler todas as lições ao clicar aqui, mas aproveite e recorde as nossas 10 preferidas:

1 – As crianças são apenas isso: crianças. E não sabem o que o futuro lhes reserva – “ Costumava dizer a toda a gente que quando crescesse seria pediatra (…) Era ambiciosa, embora não soubesse exatamente o que me propunha atingir. Hoje em dia considero que se trata de uma das perguntas mais inúteis que um adulto pode fazer a uma criança: «o que queres ser quando fores grande?» Como se crescer fosse finito. Como se a dada altura nos tornássemos algo, e isso fosse o fim da conversa”. Página 13

2 – O fracasso torna-se real quando acreditamos nele – “O fracasso é um sentimento muito antes de se tornar um resultado real.” Página 65

3 – A educação importa e transforma-nos: “ A minha mãe tinha o tipo de mentalidade parental que hoje reconheço como brilhante e quase impossível de imitar: (…) a minha mãe era pura e simplesmente equilibrada. Não emitia juízos de valor imediatos e não era de se intrometer (…) elogiava-nos apenas o suficiente para que soubéssemos que estava feliz connosco, e nunca a ponto de isso se tornar a motivação por detrás do que tínhamos feito. «Não estou a criar bebés, estou a criar adultos», dizia-nos. Tanto ela como o meu pai davam diretrizes em vez de regras.” Página 69

4 – O poder de adaptação é real e necessário na vida – “Nunca tinha estado em destaque numa multidão ou numa sala de aula por causa da minha cor de pele. Como em tudo na vida, porém, temos de aprender a adaptar-nos.” Página 97

5 – A insegurança é uma variável comum a todas as mulheres: “Na ida a pé para minha casa, na Euclid, à noite, levava a chave da porta presa entre os nós dos dedos e virada para cima, para o caso de precisar de me defender.” Página 97

6 – Superarmo-nos a nós mesmas é mais importante do que superar os outros – “Aliava os meus objetivos, analisava os meus resultados, contabilizava as minhas vitórias. Se houvesse um desafio a ultrapassar, ultrapassava-o. Uma situação que me pusesse à prova apenas dava acesso à próxima. Assim era a vida de uma rapariga que não consegue parar de se questionar «Serei suficientemente boa?» e ainda está a tentar mostrar a si própria a resposta.” Página 116

7 – No amor, nem tudo é racional – “(…) não pensei nele nem uma única vez como alguém com quem gostaria de namorar. Em primeiro lugar, porque era a sua mentora no escritório (…) e, por fim, porque, para meu grande choque, no final do almoço o Barack acedeu um cigarro, o que teria sido suficiente para deitar por terra qualquer interesse que pudesse ter tido”. Página 127. [Fotografia: Reuters]

8 – Antes de existirem os telemóveis, já existia amor – “Restava-nos o telefone. Convém não esquecer que estávamos em 1989 e que não tínhamos o telemóvel no bolso. Não podíamos enviar mensagens escritas; não havia emojis que substituíssem um beijo.” Página 149

9 – Aprendizagens que ninguém nos conta até as vivermos: “Se fosse começar um ficheiro sobre coisas que ninguém nos fala até as vivermos, podia começar pelos abortos. O aborto é uma experiência solitária, dolorosa e desmoralizante, quase a nível celular. A passar por isso, tendemos a confundi-lo com um fracasso pessoal, que não é” Página 221

10 – A vida não começa quando o homem chega a casa – “Estava de acordo com o meu desejo de que crescessem fortes [as filhas], com pontos de referência e sem tolerância para com qualquer forma de patriarcado à moda antiga: não queria que elas pensassem que a vida começava quando o homem da casa chegava. Nós não esperávamos pelo pai. Cabia-lhe a ele chegar a horas de estar connosco.” Página 242

[Fotografias: Instagram]