Como “sacar” autógrafos na Feira do Livro em tempo de Covid-19

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[Fotografia: Pedro Machado/Global Imagens]

A pandemia provocada pelo Covid-19 empurrou a Feira do Livro de Lisboa de maio para final de agosto e início de setembro e obrigou à introdução de novas regras para evitar o contágio do novo Coronavírus.

Num ano considerado “catastrófico” pelo setor, os livros têm agora o seu palco principal no Parque Eduardo VII, tal como também no Porto – nos Jardins do Palácio de Cristal -, mas com novas orientações e onde a máscara vai ser, como de resto em todas as áreas, a protagonista.

Na capital, o acesso à oferta de 117 participantes presentes em 310 pavilhões, representando 638 editoras, livrarias e chancelas, estará limitado a um número máximo de três mil e 300 pessoas em simultâneo, a partir desta quinta-feira, 26 de agosto, e até 13 de setembro.

Os eventos com mais restrições serão, claro, as sessões de autógrafos, que estão também agora limitadas no número: são muito menos. De acordo com a agenda da Porto Editora e Bertrand Editora, só serão autografados os livros adquiridos no próprio dia da sessão. Ou seja, trazer de casa ou comprar de véspera para obter a tão desejada assinatura num outro dia distinto não vai ser possível.

Segundo o comunicado, deverá ser cumprido “o distanciamento físico obrigatório entre leitor e escritor, o uso de máscara, o número limitado de pessoas na fila de autógrafos”, lê-se na nota enviada à comunicação social, na qual se antecipa que o espaço infantil não estará presente este ano devido às especiais circunstâncias.

No caso da Leya, “haverá um limite de quatro autores em simultâneo por cada zona, amplo espaço entre cada um e apoio constante dos colaboradores na gestão de possíveis filas, tempos de espera e distanciamento”, refere o comunicado enviado pela editora.

A entidade avisa que “as sessões de autógrafos – previstas 116 com 83 autores – serão, também, limitadas na sua duração e distribuídas ao longo do horário da feira de maneira a limitar a concentração de público”.

Quanto às medidas adiconais, a Porto Editora e a Bertrand informam que serão disponibilizados “doseadores de gel desinfetante, higienização constante, sinalética dedicada”. A Leya avança, em comunicado, que haverá “uso de máscara de proteção dentro dos pavilhões e nas caixas, a desinfeção das mãos com álcool gel disponibilizado em vários pontos, a manutenção da distância de segurança mínima em eventuais filas para as caixas, para entrada nos pavilhões ou para sessões de autógrafos, o desimpedimento das vias de circulação, o respeito pela sinalética de Entrada/Saída nos pavilhões e nas caixas”. A editora solicita ainda aos visitante o “cumprimento dos pedidos dos colaboradores da Praça LeYa sempre que interpelarem os visitantes relativamente a regras como as de higienização das mãos e de consulta de livros”.

Quanto aos pagamentos, a Leya revela que “as caixas estarão equipadas com barreiras de acrílico para maior proteção dos colaboradores, autores e público e, também nas caixas, estarão disponíveis serviços de pagamento complementares digitais e contactless (como o MB Way)”. No caso da Porto Editora e Bertrand, “as caixas estarão mais afastadas” e haverá “sinalização para ajudar a manter a distância de segurança”.