Conheça os sinais de alerta para o assédio sexual

Mais de uma em cada seis mulheres foi sexualmente assediada durante as suas vidas, sendo que quase sempre conheciam os seus agressores. A idade é também um fator importante, com as raparigas e mulheres com idades entre os 14 e os 24 anos a mais expostas a estes riscos.

Foi com base nestas estatísticas que Charlene Y. Seen, psicóloga e professora em Estudos de Mulheres da Universidade de Windsor, Reino Unido, pôs em marcha um trabalho académico e de campo que serve para melhor caracterizar o comportamento, mas também dar ferramentas para melhor se protegerem.

Na galeria acima fique a conhecer comportamentos de risco que podem indiciar que está perante um possível agressor.

Por cá e de acordo com dados avançados pelo Ministério Público relativos a 2015, foram instauradas mais de 730 queixas relativas ao crime de importunação sexual – que vai desde piropos a contactos de natureza sexual. Os dados relativos ao ano passado da não foram divulgados.

Numa altura em que a #metoo se transforma na corrente que está a levar milhares de mulheres a revelarem episódios de agressão – desde o assédio à mais grave violação – e chegam ao domínio público o caso da cantora Taylor Swift e todas as infindáveis queixas que as estrelas norte-americanas puseram a nu sobre o produtor de cinema Harvey Weinstein, é tempo de olhar para o trabalho daquela investigadora e conhecer os alertas que permitem detetar uma pré-agressão, ainda a uma distância de segurança.


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Shenn dedica-se, atualmente, a ensinar estratégias físicas e emocionais, no âmbito do programa Resistir ao Assédio Sexual, para combater a prática e, com ações de formação que tem dado junto de alunos recém-chegados à universidade – um grupo social mais frágil nesta matéria –, conseguiu, revela o jornal britânico The Independent, reduzir o número de violações para quase metade (46%).

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