Consultas de planeamento familiar atrasadas e locais sem contracetivos

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[Fotografia: energepic.com/ Pexels]

Tem sido difícil regularizar as consultas de planeamento familiar” e “temos sabido de alguns locais que não têm métodos contracetivos, tem havido algumas falhas, mas isso tem a ver com as Administrações Regionais de Saúde”. Ambos alertas são deixados pela presidente da Sociedade Portuguesa de ContracePção (SPDC), Fátima Paula, ao Delas.pt e no dia em que se evoca o dia Mundial, esta segunda-feira, 26 de setembro.

Efeitos longos de uma pandemia provocada pela covid-19 que levou a pausas em serviços e que ainda não foram reestabelecidos. Consequências ao nível da contraceção que atingem a saúde sexual e reprodutiva, na larguíssima maioria nas mãos e na responsabilidade das mulheres.

De entre os planos que requerem maior emergência, Fátima Palma lembra que “existe alguma dificuldade no atendimento a utentes cujos médicos estiveram vocacionados para a covid-19. Tem sido difícil regularizar as consultas. Temos relato de pessoas que não estão a conseguir ter acesso a planeamento familiar”, explica a ginecologista e presidente da SPDC. Adiados também ficaram, para muitas, a ”aplicação de métodos anticoncepcionais de longa duração, os DIU e implantes -, que com a covid-19 foi mais difícil”, sublinha.

A esta falha junta-se uma outra: a falta de métodos para entrega a utentes. “Temos sabido de alguns locais [centros de saúde] que não têm métodos contracetivos, tem havido algumas falhas, mas isso tem a ver com as Administrações Regionais de Saúde”, refere.