Continuar sem dormir após a meia-noite pode ser prejudicial

sonoo
[Fotografia: cottonbro/ Pexels]

“Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer” é um ditado antigo mas que pode ter todo o fundamento. Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Network Physiology revela que ficar acordada depois da meia-noite pode ser bastante prejudicial.

Os responsáveis por este estudo levantaram a hipótese de que como somos seres diurnos, quando ficamos acordados depois da meia-noite o funcionamento do nosso cérebro fica comprometido. “Mente depois da Meia-Noite” revela ainda que a taxa de depressão ou má alimentação também é mais frequente nos notívagos, que também tendem a morrer mais cedo.

Outro fator a ter em conta é o risco de suicídio, pois este é três vezes superior entre a meia-noite e as seis da manhã. Também o abuso de substâncias ilícitas e o risco de overdose aumenta neste horário.

No entanto, a privação de sono em si não é a responsável por todos estes infortúnios e a equipa de responsáveis por este estudo foi mais além.

Os estudiosos explicaram que durante o dia os níveis moleculares e atividades neuronais estão sintonizados com o comportamento habitual, já durante a noite esses parâmetros são ajustados ao comportamento usual do sono, ou seja, se estamos acordados nesse momento a neurofisiologia pode promover uma desregulação comportamental.

Essa alteração pode assumir a forma de negatividade emocional aumentada, pensamentos problemático em excesso, um sistema de recompensa com defeito e que conduz a excessos e riscos e níveis mais elevados de ansiedade e depressão.

Os responsáveis pelo estudo levantaram ainda a hipótese de que quando o cérebro está acordado depois da meia-noite, fora de sintonia com os ritmos circadianos normais, funciona de forma comprometida.