Corona chega em versão mini. Cerveja mexicana reforça presença em Portugal

Beers on the Beach
[Fotografia: Istcok]

Uma das mais célebres cervejas mexicanas, a Corona Extra, reforça a presença do mercado português com o lançamento da mini, de 21 centilitros: a Corona em versão Coronita, como se lê no comunicado enviado às redações.

E se no início da pandemia, que tinha a particularidade de ter o mesmo nome que esta célebre cerveja, se antecipava numa quebra nas vendas – por via do isolamento e do nome ser semelhante -, certo é que, em Portugal, teve o efeito contrário. De acordo com a mesma nota enviada às redações, registou-se um crescimento de “57% no supermercado em relação a período homólogo”.

“No mercado nacional a tendência inverteu-se em relação aos dados globais. A marca cresceu nos supermercados, em março, em relação a igual período homólogo, estando prevista a chegada de novos produtos da marca”, refere João Braga, diretor geral da Viborel, distribuidora desta cerveja em Portugal.

Por cá, o responsável reitera, na mesma nota, que “a imagem da marca não tem sido afetada”. “É uma marca premium e líder no seu segmento que tem vindo a aumentar o volume de vendas em Portugal, mais 25% no ano passado, 2019”, estimando novo aumento das vendas entre abril e maio, no supermercado.

Apesar do aumento no retalho, João Braga afirma, na mesma nota, que “a marca sentiu uma quebra no canal da restauração, com o encerramento dos estabelecimentos”, o que representa 65% do volume de negócio.

O poder e os efeitos de uma coincidência

Alvo de memes e piadas nas redes sociais por ter o mesmo nome que o novo Coronavírus, esta cerveja debatia-se com a confusão instalada. A 27 de fevereiro, um estudo de mercado norte-americano indicava que 38% dos consumidores dos EUA não iria consumir a marca Corona e reportava que 16% dos consumidores estava confuso com a associação de nomes entre a pandemia do coronavírus e esta cerveja mexicana.

Ora, anunciavam-se quebras de milhões para a marca. No final do mês de fevereiro, Carlos Brito, o presidente da multinacional belga-brasileira Anheuser-Busch In Bev (AB InBev) detentora da marca, admitia que a empresa tinha perdido cerca de 260 milhões de euros de faturação nos dois primeiros meses de 2020. Quebras não só decorrentes da suspensão de todos os festejos no mercado asiático, com as quarentenas a fazer descer o consumo, mas também à associação do nome da cerveja à pandemia.

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