Escolas, creches e atividades de tempos livres vão fechar na próxima segunda-feira, 16 de março, e até ao início das férias da Páscoa, marcadas para 9 de abril.
Esta medida vai abranger todos os níveis de ensino público e o privado, tal como avançou esta noite o primeiro-ministro António Costa. A decisão que vai atingir cerca de dois milhões de alunos, implicando permanência em confinamento das famílias, será reavaliada em abril e dependerá da fase evolutiva da pandemia por Covid-19 em território nacional.
Dentro de dias, o executivo anunciará medidas de proteção às famílias para minorar impactos negativos nos rendimentos do agregado familiar.
Esta é uma das decisões tomadas pelo chefe de Governo, que estende proibições de, entre outros, visitas a lares de idosos, encerramentos de discotecas e espaços noturnos e ainda restrições para menos de 1/3 em espaços de restauração.
Um pedido feito, aliás, por várias entidades. Ainda esta quinta-feira, a Ordem dos Médicos pedia para que esta medida fosse adotada. O bastonário Miguel Guimarães sustentou que o Governo não pode adiar mais medidas urgentes, como o encerramento de escolas e cinemas, para controlar a propagação da Covid-19, sob pena de Portugal “correr atrás do prejuízo”.
“A Ordem dos Médicos continua do lado do Governo, apoiará o que o senhor primeiro-ministro decidir, mas é preciso avançar rapidamente, com medidas mais drásticas, mais fortes porque sem elas é evidente que começamos a ficar para trás” no combate ao novo coronavírus, disse Miguel Guimarães.
Também oito diretores de faculdades de Medicina escreveram uma carta aberta ao chefe de Governo a pedir a tomada de medidas drásticas de isolamento do país, o que incluía encerramento das escolas.
[em atualização]
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