Coronavírus: O que comprar no supermercado sem esvaziar as prateleiras

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[Fotografia: Istock]

Com a corrida aos supermercados e às superfícies comerciais a dominar a preocupação dos portugueses e a esvaziar prateleiras a velocidades recorde, é importante não cair em exageros, evitando, ao mesmo tempo, grande concentração de pessoas.

Por isso, mais do que comprar toda a prateleira de enlatados, faça uma gestão consciente dos gastos e sem entrar em histerias, pondere fazer compras que correspondam a, no limite, o consumo médio mensal da família. À boleia desta decisão, fique também a saber que é possível comer bem e com os nutrientes certos, mesmo estando em casa em confinamento.

O Delas.pt faz uma lista e reúne alguns bens alimentares que deve ter em casa e para fazer face a duas ou três semanas em que seja necessário estar em casa, com toda a família.

O primeiro aspeto a ter em conta passa pela verificação dos prazos de validade não só na hora da compra, mas também nos produtos que tem em casa: os que expiram mais depressa devem mesmo ser os primeiros a serem consumidos.

Leguminosas e produtos secos

É importante não descartar a hipótese de ter de fazer pão em casa. Ter dois pacotes de farinha pode fazer face a essa eventualidade. A isto junte arroz e massa (35 a 70 gramas por refeição por pessoa) e leguminosas como o grão-de bico, vários tipos de feijão, lentilhas.

Enlatados ou secos – tendo de os demolhar entre 8 a 12 horas -, com eles poderá fazer sopa, mas também guisados que saciam, têm fibras, são nutritivos, podem ser servidos sem proteínas a acompanhar, sendo que a comida de tacho é sempre uma das melhores opções a considerar nestes casos de emergência.

Leite, iogurtes e produtos frescos

Um iogurte por pessoa por dia – em casa este tipo de bens acaba por ser mais facilmente comido -, a par de leite, numa proporção média de 3 dl (um copo). Pode também ter queijo fatiado ou curado e manteiga, com prazos de validade mais alargados. No entanto, deve apenas adquirir o que é suposto num consumo regular em casa e para duas semanas.

Deve ter, claro, frutas e legumes e fazer essa gestão com rigor. Comer primeiro os que se estragam mais facilmente e ir gerindo os restantes, fazendo sopas e congelando-os, se necessário. Pode ainda ter ervilhas, favas, espinafres e outros legumes congelados, mas sem exageros.

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Contudo, antes do assalto ao supermercado, veja bem que carne e peixe tem no congelador e faça contas para consumos médios da família.

Produtos diversos

Azeite, sal, cebola, alho e especiarias diversas nunca devem faltar na cozinha em quaisquer circunstâncias, muito menos agora. Com eles poderá sempre confecionar em qualquer circunstância e com a possibilidade de diversificar. Polpa de tomate, pimentos e outros complementos embalados podem, igualmente e sem exageros, integrar o carrinho de compras. Ter um ou dois doces para barrar o pão, com validade longa, e o frasco do café cheio é também importante.

Destaque ainda para a água: mesmo que não tenha por hábito beber do garrafão, é importante ter um de reserva em casa.

Enlatados como atum, sardinhas e outros produtos desta natureza tem prazo de validade alargado e já devem fazer parte dos armários de uma qualquer casa, mas não precisará de adquirir doses industriais. Tenha também ovos, que também duram bastante tempo no frigorífico. E lembre-se, não irá comê-los todos os dias, por isso não exagere.

Uma nota para frutos secos como nozes, avelãs ou amêndoas porque são altamente nutritivos e podem ser um bom snack

Higiene

Pasta dentífrica, champô, papel higiénico, sabão azul e branco nas doses certas. Não vale a pena exagerar.

Se há crianças e dependentes adultos a cargo, verifique necessidades como fraldas, toalhitas. Mas, uma vez mais, aponte para um horizonte de duas a três semanas e não a três meses.

Verifique se o estojo de primeiros socorros está completo. Caso não esteja, supra as necessidades.

Se tem animais domésticos, acautele também os produtos para a higiene e alimentação.

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