Máscaras nos transportes públicos e unidades de saúde até fim de agosto

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[Fotografia: Anna Shvets/Pexels]

Ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva confirmou esta manhã de quinta-feira, 28 de julho, a manutenção da obrigatoriedade de uso de máscaras covid-19 em transportes públicos e unidades de saúde e lares.

“Perante redução da mortalidade, o Governo voltou a questionar especialistas e peritos sobre o conjunto de medidas e o conselho vai no sentido da utilização de máscaras nos transportes públicos em função da proteção das populações mais vulneráveis e que são utilizadoras desses mesmos transportes públicos”, referiu a governante, após reunião de Conselho de Ministros.

Assim sendo, as medidas para a covid-19 que estavam já em vigor vão prolongar-se até ao fim deste mês de agosto. Já sobre setembro e em diante, Mariana Vieira da Silva salvaguarda que “com a chegada do outono e do inverno é possível que nesta estações tenhamos uma situação de agravamento da pandemia, o que pode tornar necessário recurso a medidas excecionais”.

A ministra da Presidência explicou ainda que, “a partir de setembro, se inicia um novo período de vacinação e é preciso fazer acompanhamento próximo para perceber se ainda será marcado por esta pandemia e se serão necessárias medidas adicionais”.

Média diária de infeções a descer em Portugal

A média de infeções pelo coronavírus que provoca a covid-19 voltou a baixar em Portugal para os 4.488 casos diários, o valor mais baixo registado durante este ano, indicam os dados do Instituto Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o relatório semanal do INSA sobre a evolução da covid-19 hoje divulgado, o número médio de casos diários de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 a cinco dias voltou a descer dos 5.479 para os 4.488 a nível nacional, sendo ligeiramente mais baixo no continente (4.153).

Esta média de 4.488 contágios diários pelo SARS-CoV-2 é a mais baixa registada este ano, que começou com valores elevados e que desceram até maio, altura em que as infeções voltaram a subir no país, resultando na sexta vaga potenciada pela linhagem BA.5 da variante Ómicron, considerada pelos especialistas como mais transmissível.

De acordo com os relatórios do INSA, durante este ano, a média mais elevada de casos diários a cinco dias foi registada no final de janeiro (49.795 contágios), quando a taxa de incidência era de 6.130,9 casos por 100 mil habitantes e o índice de transmissibilidade (Rt) de cerca de 1,16.

O número de casos caiu até maio, uma tendência que se inverteu quando a BA.5 passou a ser a linhagem do coronavírus dominante no país e responsável pela maioria das infeções, o que fez aumentar a média até aos 29.101 registada no final desse mês.

CB com Lusa