Covid-19: Os dois erros que estão a ser cometidos à hora de almoço

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Muitos dos casos de contágio provocado pelo novo Coronavírus está a chegar pela via dos almoços em conjunto, nos refeitórios das empresas. Este é, aliás, o momento em que se regista a segunda mais alta taxa de infeção, seguida da que ocorrre em contexto familiar.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Delas.pt, “as distâncias sociais à mesa, à hora das refeições, nem sempre são cumpridas e verifica-se, por vezes, que as pessoas puxam as cadeiras para se aproximarem ainda mais”. Um segundo problema decorre do facto de “as pessoas, nos locais comuns de refeição, terminarem de comer e continuarem à conversa, mas sem máscara”.

Ora, para os especialistas ouvidos pelo Delas.pt, este é o momento de risco para um eventual contágio entre trabalhadores. “É preciso voltar a colocar a máscara mal se termine a refeição”, pede um dos elementos ouvidos pelo nosso site.

Entre as alterações possíveis, pedem-se horários não coincidentes entre trabalhadores ou refeições ainda mais isoladas por parte de cada um.

Recorde-se que uma das medidas recentemente inscritas nos diplomas que regulamentam o Estado de Emergência obrigam para que sejam usadas máscaras durante o horário de trabalho.

Recorde-se que, a 7 de novembro e após Conselho de Ministros, o chefe de governo referia que a grande maioria de infeções ocorria em contexto familiar, referindo-se a 68% dos casos, seguido de 12% em contexto laboral.

Dados que geraram alguma surpresa, percebendo-se mais tarde que estas estatísticas refletiam apenas 17% do total de casos rastreados. Deixando de fora informação relativa a 83% dos casos por não ser possível rastrear a origem do contágio.