Covid-19: Os mais de 100 mil jovens vacinados, a música e a manifestação anti-covid

Covid-19: Fim de semana de vacinaÁ„o de jovens de 16 e 17 anos
O coordenador Nacional da 'Task Force' para o Plano de Vacinação contra a covid-19, vice-almirante, Henrique de Gouveia e Melo (C), confrontado por populares à entrada para o Centro de Vacinação de Odivelas durante o fim de semana de vacinação de jovens de 16 e 17 anos, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, 14 de agosto de 2021. [Fotografia: MIGUEL A. LOPES/LUSA]

O relógio batia as 22:15 quando o vice-almirante entrou pela porta principal do Pavilhão Multiusos de Odivelas, onde estão a ser vacinados jovens de 16 e 17 anos contra a covid-19, por entre protestos do movimento anti-vacinação, cujas palavras de ordem eram bem audíveis mesmo com as portas fechadas. Já lá dentro, ouvia-se música posta pelo DJ Jigar Govinde, que dedicou o tema Simply the Best, de Tina Turner, ao vice-almirante.

Questionado pelos jornalistas sobre o que é que os manifestantes lhe tinham dito quando entrou, o vice-almirante afirmou: “Olhe, o que estão a dizer agora, genocídio e assassínio, chamam-me assassino, o que quer que eu lhe diga?”.

O responsável da ‘task-force’ salientou que a “única coisa” que tinha a dizer aos manifestantes era que “o obscurantismo no século XXI continua, há ondas de obscurantismo”. “Não devemos ter medo de ninguém”, afirmou o responsável.

É claro, disse, que as pessoas “têm direito às suas opiniões”, mas “não têm é o direito a impor a sua opinião aos outros”. E, quando essa “opinião é imposta já de forma violenta, deixa de ser democracia, portanto têm direito à sua opinião, têm direito a falar uns com os outros, não têm direito a empurrar, não têm direito a condicionar as pessoas e, por isso, é que eu entrei ali pela porta principal“, sublinhou.

Os manifestantes anti-vacinação tinham começado a reunir-se em frente à porta principal do Centro de Vacinação de Odivelas cerca das 21:00. Alguns mascarados com fatos brancos e outros sem máscara e sem cumprirem o distanciamento social, exibiam uma longa faixa que dizia: “As crianças não são cobaias”.

À chegada, o vice-almirante Gouveia e Melo disse que tinham sido vacinados “até agora” – cerca das 22:00 de sábado – “mais de 102 mil jovens”, o que considerou ser um “balanço muito positivo”. Recorde-se que estavam inscritos por auto-agendamento cerca de 180 mil jovens e para este fim de semana exclusivo para os jovens de 16 e 17 anos.

Para domingo, “apelo aos jovens para voltar a comparecer ao processo de vacinação porque a vacina é o elemento mais seguro para passarmos esta fase pandémica”, disse. Recrode-se que este fim de semana decorre a vacinação específica deste grupo etário dos 16 e 17 anos.

Veja abaixo as imagens que marcaram este dia.

[Fotografia: Rodrigo Antunes/Lusa]
[Fotografia: Rodrigo Antunes/Lusa]
[Fotografia: Rodrigo Antunes/Lusa]
[Fotografia: Rodrigo Antunes/Lusa]
[Fotografia: Miguel A.Lopes/Lusa]
[Fotografia: Miguel A.Lopes/Lusa]
[Fotografia: Miguel A.Lopes/Lusa]
[Fotografia: Miguel A.Lopes/Lusa]