CR7: “Acordo não representa, de modo algum, uma confissão de culpa”

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Cristiano Ronaldo, CR7 [Fotografia: Alberto Lingria/File Photo/Reuters]

Advogado norte-americano de Cristiano Ronaldo em Las Vegas, Peter S. Christiansen, emitiu esta quarta-feira, 10 de outubro, um comunicado revelando a posição oficial de CR7, atualmente a jogar na Juventus, no caso da acusação de violação por parte de Kathryn Mayorga, e que remonta a 2009.

O causídico refere que “Cristiano Ronaldo não nega que aceitou celebrar um acordo”, mas assegura que “as razões que o levaram a fazê-lo estão, no mínimo, a ser distorcidas. Esse acordo não representa de modo algum uma confissão de culpa”.

Na mesma nota, divulgada pela TVI, é dito que “o que aconteceu foi simplesmente que Cristiano Ronaldo se limitou a seguir o conselho dos seus assessores no sentido de pôr termo às acusações ultrajantes feitas contra ele, a fim justamente de evitar então tentativas, como aquelas a que estamos a assistir agora, de destruição de uma reputação construída graças a um trabalho intenso, capacidade atlética e correção de comportamento. Infelizmente, vê-se agora envolvido no tipo de litigiosidade que é muito comum nos Estados Unidos.”

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Mas se o acordo não é negado, já o mesmo não acontece com as acusações que integram a referida ação cível, agora interposta por Mayorga. “Para que não subsistam dúvidas: Cristiano Ronaldo nega veementemente todas as acusações constantes da referida ação cível, em coerência com o que tem feito nos últimos 9 anos. Os documentos que supostamente contêm declarações do Sr. Ronaldo e foram reproduzidos nos media são puras invenções”, assegura a mesma nota.

“O que aconteceu em 2009 em Las Vegas foi completamente consensual”

No comunicado, o advogado recua a 2015 para sublinhar que “dezenas de entidades (incluindo sociedades de advogados) em diferentes partes da Europa foram atacadas e os seus dados eletrónicos roubados por um criminoso cibernético“.

Esse hacker tentou vender tal informação, e um meio de comunicação acabou irresponsavelmente por publicar alguns dos documentos roubados, partes significativas dos quais foram alteradas e/ou completamente fabricadas. Uma vez mais, para que não haja dúvidas, a posição de Cristiano Ronaldo sempre foi, e continua a ser, a de que o que aconteceu em 2009 em Las Vegas foi completamente consensual”.

Esta posição pública de defesa de CR7 tem lugar após prazos ditados pela ação cível que teve por base “a celebração de um acordo (em 2009), mediante o qual as partes renunciaram a quaisquer outros direitos”, refere Christiensen. E prossegue: “Atento o incumprimento desse acordo pela outra parte, bem como as acusações inflamadas que se foram sucedendo nos dias seguintes, Cristiano Ronaldo vê-se forçado a quebrar o silêncio, sendo certo que o dito acordo lhe autoriza uma “reação proporcional” em caso de violação pela contraparte”.

Imagem de destaque:Alberto Lingria/File Photo/Reuters

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