Uma plateia cheia diante do Palco Content Makers, na Web Summit, esta quinta-feira, 4 de novembro, ouviu Cristina Ferreira explicar como conseguiu conquistar o seu espaço no meio mediático nacional em cerca de 20 anos.
Um testemunho pessoal, emotivo e também bem humorado que levou o rosto da TVI a mostrar o seu percurso, os livros e as revistas que editou e uma bifana. Mas já lá vamos…
Atualmente, como acionista da MediaCapital, revelou: “Se se é uma mulher, não precisa de se ser um homem. Quando comecei o meu novo papel como diretora e nas reuniões de administração, tinha homens à minha volta. Diziam-me que teria de comprar mais fatos, ser mais formal.” “Nas primeiras duas reuniões tive uma postura mais clássica, mas depois disso decidi ser uma mulher, falar como falo, dar as minhas opiniões, usar a intuição. Para ser uma diretora não precisamos de parecer um diretor masculino. Só precisa de ser uma mulher”, exclamou.
Mas esta foi apenas uma das indicações que Cristina Ferreira deu ao auditório e durante uma apresentação em que teria de responder ao repto de como se tornou uma ‘Mogul’ (magnata, em português). “Quando me convidaram, também tive de ir googlar. É uma palavra não usual, significa magnata. E para mim um magnata é um homem, de propósito um homem, com muito dinheiro, trabalho e problemas. Mas não tenho problemas. Eu sou a rapariga que quis crescer, começar e recomeçar e que não tenho medo de nada. Trabalho por paixão, sempre”, revelou
A apresentadora recordou as origens como “rapariga do campo” e revelou que é nelas que se revê e que volta diariamente, na absoluta relevância de conhecer sempre o público a que se dirige e na importância de “escolher a mãe” certa, que foi o caso dela quando, há 42 anos, foi batizada num original e inesperado “vestido azul”. E que lhe cunhou, ao longo da vida, a importância de “ser diferente”, ‘fora da norma’, mas também a independência.
Das aulas de História que deu a difíceis alunos de Casal de Cambra, à voz e aos memes na Internet, o rosto de Queluz de Baixo apresentou todo o ser percurso profissional à audiência, com direito a imagens em muitos dos casos.
Já sobre as bifanas, Cristina Ferreira evocou-as no final para dizer, recorrendo a uma ideia sobre a qual já falou em tempo, que se algo correr mal, eis a perspetiva: “Vou vender bifanas. Prometo, vou vender bifanas, mas prometo também que vou ser a melhor vendedora do país.”