Cristina no meio da polémica: da cabeleireira de Braga à Saúde Pública

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[Fotografia: DR]

Em vésperas de estrear o novo formato All Together Now, na TVI, a apresentadora e diretora de Ficção e Entretenimento Cristina Ferreira está no epicentro de duas batalhas que começaram nas redes sociais e relacionadas com a pandemia provocada pela covid-19: uma já está em tribunal em Braga, a outra põe em causa a estação no âmbito da estreia de um formato televisivo: o maior caça-talentos de sempre, como a própria apresentadora referiu.

É que, sem contar com equipa técnica e concorrentes, o programa inclui a presença de 100 jurados famosos. Tudo isto numa altura em que o dever de recolhimento obriga todos a ficarem em casa.

Uma estreia que levou já a TVI a clarificar e a publicar a listagem exaustiva de todas as normas de Saúde Pública que estão a pôr em marcha para este formato e a reiterar o seu cumprimento. Ao que o Delas.pt pode apurar, a Direção-Geral de Saúde desconhecia existir uma iniciativa desta natureza em Lisboa, ainda na noite de de quarta-feira, 26 de janeiro, remetendo eventuais explicações para a Autoridade Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Mas há agora nova frente de batalha. Vânia Oliveira, cabeleireira de Braga, acaba de processar o Estado português tendo por base as stories de Cristina Ferreira a ser penteada e maquilhada por especialistas numa altura em que todos os serviços estão suspensos devido à covid-19.

De acordo com declarações ao jornal O Minho, a gerente do cabeleireiro fala em “revolta” por ter visto “uma figura pública a receber tratamentos de cabeleireiro” numa altura em que ninguém os pode prestar.

Por querer vincar “igualdade” e “proporcionalidade”, a gerente do espaço interpôs uma ação, contra o Estado português, ao abrigo da proteção de direitos, liberdades e garantias, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga. Vânia Oliveira pede que “haja igualdade, proporcionalidade. Se não é possível prestar serviços de cabeleireiro, então ninguém os pode prestar. Além disso, tem que haver igualdade no tratamento dos vários setores, até porque existem exceções na lei que estão com possibilidade de abertura, são focos grandes de contágio, mas não foram obrigados a encerrar”.

“Não está a haver igualdade. E a saúde está preocupante. Fechamos? Sim. Mas então que nos tratem a todos por igual e os apoios aconteçam, sem entraves, porque a fome e as dificuldades estão a surgir”, diz a gerente, em comunicado.

O processo está entregue aos Advogados de Braga, Luís Sepúlveda Cantanhede e Isa Meireles que, neste momento, não prestam quaisquer declarações, respeitando a urgência do processo e com toda a consciência de que a saúde pública está em primeiro lugar, mas por igual para todos.