Da violência à saúde mental: as causas que as mulheres célebres estão a defender

montagem famosas
[Montagem: Instagram]

São célebres, têm vidas profissionais na música, no YouTube, nas artes e na televisão e, para lá do trabalho que desenvolvem, Carolina Deslandes, Alice Trewinnard, Anna Westerlund e Cristina Ferreira têm vindo a associar-se a causas que lutam por melhores condições e qualidade de vida das mulheres, especialmente vulneráveis seja pelos tempos em que vivemos devido à pandemia, seja por preconceitos sociais que resistem.

A cantora Carolina Deslandes e a instagramer Alice Trewinnard estão de olhos postos na violência que é exercida sobre as mulheres. A primeira acaba de lançar ‘Mulher’, que consiste num EP com seis temas originais e numa curta-metragem que serão apresentados num espetáculo solidário que terá lugar a 25 de novembro, o Dia Internacional Pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, em Lisboa.

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No início do espetáculo, cujo valor resultante da venda dos bilhetes “irá reverter na íntegra para a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta“, será apresentada a curta-metragem “em que se pode ouvir as novas canções e assistir à ficção escrita, narrada e protagonizada por Carolina Deslandes, que representa várias gerações de mulheres vítimas de violência doméstica”, refere o comunicado da promotora Sons em Trânsito.

Esta semana, Alice Trewinnard juntou-se à joalheira Cata Vassalo para, juntas, promoverem uns novos brincos (All Eyes And Ears) em que 50% da venda reverteria para a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que tem desenvolvido grande parte do seu trabalho também na área da violência doméstica.

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Um total de 120 peças que não tardaram em esgotar. “Este Natal, e porque vivemos um contexto sem precedentes, quis desenvolver uma peça que de certa forma tivesse impacto na comunidade, que servisse propósitos relevantes para os outros. Identifiquei imediatamente a APAV como a associação que queria apoiar porque sempre defendi que cada mulher é única, especial e sabemos que as mulheres procuram a associação certamente não partilham deste autorreconhecimento”, explicou a joalheira slow fashion sobre a nova coleção em comunicado enviado às redações.

A saúde mental é, para Anna Westerlund, ceramista que ficou viúva de Pedro Lima, ator da TVI, a prioridade, convocando todas as atenções para um olhar urgente para esta dimensão humana.

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Na véspera de se assinalarem cinco meses sobre o suicídio do marido, de 49 anos – que acontece esta sexta-feira, 20 de novembro -, a artista vinca a importância de falar sobre o tema, sobre a depressão. “Cerca de 800 mil pessoas morrem de suicídio a cada ano, sendo essa a segunda principal causa de morte em pessoas com idade entre 15 e 29 anos”, lembrou Westerlund. Que prosseguiu: “Sinto que o momento que vivemos torna urgente que se fale de saúde mental e de depressão sem tabus”.

“O Pedro estava a ser seguido por um psicólogo e um psiquiatra em consultas online. Tinha uma vontade enorme de se tratar. Há medicamentos que têm como possível efeito secundário o suicidio. Se o diz, é porque em algumas pessoas causará esse efeito. Isto é um facto não é uma especulação. A depressão tem várias formas de existir, pode ser mais ou menos ‘fulminante’, mais ou menos visível aos olhos dos outros, pode ser mais ou menos silenciosa”, alerta no post publicado no Instagram.

Olhando ainda para as mortes provocadas por covid-19, os efeitos da pandemia nas relações pessoais e nos hábitos de vida, a ceramista recorda que se vivem tempos de “uma insegurança em relação ao futuro” com as pessoas presas “numa paranóia do presente”. “Pensar que isto não terá repercussões na saúde mental das pessoas é sermos muito ingénuos”, sublinha Anna.

Cristina Ferreira protagoniza um dos mais aguardados lançamentos dos últimos tempos. A apresentadora, diretora de Entretenimento e Ficção da TVI e acionista da Media Capital repara-se para editar o livro intitulado Pra Cima de Puta [editora Contraponto].

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Um livro que, avança a imprensa, irá abordar o tema do bullying nas redes e fora delas, em particular aquele que o rosto da televisão sofreu desde que comunicou que estava de saída da SIC para a TVI, por rescisão unilateral e num processo que corre agora em tribunal.