É esta sexta-feira, 23 de novembro, que a prometida loucura de preços tem lugar. É, contudo, necessário perceber se a promessa deste dia “negro” é mesmo cumprida. A Associação de Defesa de Consumidor (Deco) emitiu esta manhã – em dia de Black Friday – um comunicado no qual pede aos consumidores a máxima atenção na hora de fazer as compras de oportunidade. Afinal, um bom negócio pode sair caro.
A entidade está a alertar para eventuais manipulações de preços e pede às lojas que exibam os preços praticados nos últimos 30 dias e referentes ao bem ou serviço em causa. Recados e alertas importantes num ano em que se estima, de acordo com o estudo já avançado pelo Delas.pt, que quase quatro em cada dez portugueses participe nesta efeméride, gastando cerca de 179 euros (leia em detalhe o estudo aqui)
“Enquanto não são implementadas estas ou outras medidas que evitem estas práticas por parte das empresas, e para garantir que os consumidores fazem bons negócios, a Deco aconselha a que, antes da compra de um produto que implique um investimento mais avultado, se proceda a uma consulta ampla de preços, recorrendo à ferramenta de comparação e evolução de preços disponível no seu site (e que pode ver aqui)”, apela a entidade em comunicado, citado pelo Jornal de Negócios.
Black Friday: estes são os maiores descontos que não pode perder
A associação espera que, não sendo a generalidade dos casos, não sejam colocadas em risco a “Lei dos Saldos e das Promoções” e a “Lei das Práticas Comerciais Desleais”. Para a Deco, há o “risco de o consumidor acreditar que está a comprar com um desconto real quando, na verdade, não está”. Isto porque, reitera a mesma nota, “não há ano em que não se registem vários relatos e denúncias, por parte dos consumidores, de falsos descontos ou de descontos menos interessantes que o anunciado, ou seja, de manipulação de preços dos produtos em promoção”.
Desde 2015 que a entidade acompanha a evolução de preços, tendo, nesse mesmo ano, verificado oscilações de preço a anteceder as promoções e denunciado o caso às plataformas competentes: ASAE e Direcção-Geral do Consumidor.
No ano passado, segundo contas do Jornal de Notícias, foram gastos quatro milhões de euros nesta só sexta-feira – a negra – tendo sido o segundo dia do ano com maior consumo, apenas ultrapassado pelas compras de natal à beira do prazo festivo.
CB
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