Depois do #MeToo, o #HerToo quer falar pelas raparigas que não podem

Milhares de raparigas e mulheres têm vindo a público afirmar terem sido vítimas de assédio sexual. Um movimento que, ao abrigo do #MeToo, já pôs em causa vultos da indústria do cinema norte-americano, como Harvey Weinstein, e até já chegam ao presidente Donald Trump.

Uma iniciativa que, pela voz de todas as mulheres que quebraram o silêncio em torno de uma prática mais comum do que o que se imagina, está a criar uma verdadeira revolução. Tão grande que entrou diretamente para a capa da prestigiada revista Time como a Personalidade de 2017.

Na Europa, os dados também são assustadores. Na galeria acima fique a conhecer, entre outros dados alarmantes, os factos de uma prática que atinge metade das mulheres europeias.


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O caminho é ainda, contudo, longo. A Unicef EUA quer juntar ao #MeToo o #HerToo. Porquê? Porque se pretende denunciar práticas abusivas e de agressão exercidas sobre os que ainda falam sob anonimato, que temem represálias.

Segundo um relatório lançado por aquela entidade, nove milhões de raparigas com idades entre os 15 e os 19 anos foram vítimas de agressão sexual no último ano e apenas 1% procurou ajuda.

De acordo com a mesma entidade e após análise de estatísticas de 28 países, 9 em cada 10 casos de abusos elas conhecem o agressor. “É para estas mulheres que estão a sofrer em silêncio que a Unicef lançou a campanha #HerToo”, lê-se na página oficial.

Imagem de destaque: Shutterstock

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