Dermatologista revela 12 cuidados a ter com a pele no regresso à rua

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[Fotografia: Istock]

As indicações das autoridades apontam para que a partir desta segunda-feira, 4 de maio, comecem a ser gradualmente levantadas as restrições devido à pandemia provocada pelo novo Coronavírus. Com alguns dos estabelecimentos a preparar a reabertura, muitos são os cidadãos que voltam a sair de casa e a regressar ao trabalho, agora com novas condicionantes que têm mesmo de ser cumpridas.

Depois de mês e meio de isolamento social, voltar a estar mais exposto ao ar livre e também ao sol requer cuidados especiais. Ao Delas.pt, o dermatologista João Maia Silva lembra que “saídos do inverno e após um período de confinamento forçado em casa, a pele estará pouco preparada para nos expormos a doses elevadas de radiação solar”.

Com uma indisfarçável vontade de apanhar mais sol, o especialista no Hospital CUF Descobertas e na Clínica CUF Alvalade vinca que, “depois deste longo período sem exposição solar, é normal que a pele tenha menos melanina e estará menos ‘foto-endurecida”. Assim, prossegue, “estará mais sensível e a facilidade de apanhar uma queimadura solar aumenta”.

Para evitar riscos no regresso a uma nova normalidade, mas seguramente vivida agora mais na rua, o dermatologista deixa, abaixo, 12 recomendações a ter em conta sem precisar de fugir do sol. Porém, por outro lado, devem ser cuidados a cumprir sobretudo quando a vontade de ir à praia arrisca ser, segundo o dermatologista, “um perigo”.

“As queimaduras solares são fatores de risco indiscutível para o cancro da pele. Por outras palavras, aumentam a probabilidade de vir a ter cancro da pele, principalmente se ocorrerem na infância e adolescência. E 60% dos adolescentes referem queimaduras solares no ano anterior, 15% moderadas a graves”, sustenta o médico.

Ora, “esta condição da pele associado ao índice UV que já está no máximo a partir de maio – embora a temperatura ainda não tenha ‘aquecido’ – e à vontade de ir para a praia torna-se um perigo”. “Todo o cuidado é pouco. Não devemos fugir do Sol, devemos, sim, saber conviver com ele: na praia, mas também no campo, atividades lúdicas ou profissionais ao ar livre porque o cancro de pele pode matar”. acrescenta.

Leia agora as 12 recomendações deixadas pelo especialista:

Organização: “A exposição solar deve ser cuidadosa, evitando as horas de maior intensidade. Reduza ao máximo as suas atividades exteriores entre as 12.00 horas e as 16.00, antes e depois do “meio-dia solar”.Programe as atividades, ao ar livre para a manhã ou fim da tarde”-

Proteção na cabeça: “Use um chapéu, uma camisa ou T-shirt de cor escura e óculos quando estiver ao sol. Se estiver muito tempo exposto ao sol, por razões profissionais ou lúdicas, utilize manga comprida que cubra os antebraços. Exponha-se gradualmente ao sol, pois a pele necessita de tempo para se adaptar.”

Aplica protetor: “30 minutos antes de ir para a praia ou piscina aplique um creme com um fator de proteção igual ou superior a 30. Renove as aplicações de duas em duas horas e após o banho, mesmo que o protetor seja à prova de água.”

 

Exame: “Conheça a sua pele, efetue um auto-exame da pele de dois em dois meses. Vigie o contorno, a cor e o tamanho dos seus sinais”.

Raios: “Tenha em atenção o reflexo dos raios solares na praia (20%), na água e na relva (5%). Estar à sombra de uma chapéu-de-sol ou toldo não é suficiente para evitar os escaldões. E atenção: uma T-shirt molhada no corpo pode deixar passar os raios ultravioleta.”

Meteorologia: “Com tempo nublado não se esqueça do protetor solar, uma vez que os raios são quase tão perigosos como com sol.”

crianças escola pré-escolar gratuitasCrianças: “Mantenha os bebés longe do sol e ensine a proteção solar às crianças desde muito cedo. No 1º ano de idade, as crianças não devem ser expostas diretamente ao sol. Uma queimadura solar na infância duplica o risco de mais tarde se desenvolver um cancro de pele.”

Solários: “Evite salas de bronzeamento, ou solários, pois os UV aumentam o risco de cancro cutâneo e aceleram o envelhecimento da pele.” O especialista lembra que há “um aumento do risco de melanoma e da probabilidade de morrer” devido à doença. “Por ano, cerca de 4500 pessoas morrem na Europa por cancro da pele atribuído à utilização de solários”, sublinha, recomendando: “Nunca fazer solário para “condicionar” a pele para o sol da praia. É um erro grosseiro. Essa pessoa estará a expor-se à radiação do solário e da praia. Dose cumulativa mais elevada. Maior risco de cancro da pele.”

Cuidados: “Evite queimaduras solares e escaldões.”

Especificidades: “As pessoas ruivas, as loiras, com sardas e muitos sinais, devem proteger-se com maior rigor.”

Olhos: “É necessário utilizar óculos de proteção, particularmente as crianças e pessoas de olhos claros.”

crianças pequeno almço fruta ordem NutricionistasAlimentação: “Consumir frutas, legumes e beber muita água é importante para a proteção da pele e equilíbrio orgânico.”

 

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