A proteção contra a covid-19 tornou-se imperiosa para combater o avanço da pandemia e a mortalidade por via da doença. Medidas que levaram ao uso de novos dispositivos e que, mais de um ano depois, trazem um novo tipo de lixo – considerado “lixo pandémico” – a que é importante por termo ou diminuir colossalmente e a contrarrelógio. Ao Delas.pt, Susana Fonseca, da associação ZERO, deixa caminhos para uma menor pegada poluente.
E a primeira medida começa, desde logo, por optar por máscaras reutilizáveis em vez das descartáveis. “As máscaras comuns, descartáveis, cirúrgicas, não oferecem uma proteção superior às reutilizáveis, ficam mais caras a curto e a longo prazo e trazem efeitos nefastos para o ambiente”, refere a ambientalista. E recorda: “Tivemos uma oferta significativa na área têxtil em Portugal, que não só produziram máscaras que tinham níveis de proteção semelhantes ou até superiores às cirúrgicas simples e que foram certificadas pelas entidades competentes.”
E as contas são fáceis de fazer: “Uma máscara reutilizável já é mais vantajosa que uma cirúrgica ao fim de seis ou sete utilizações. Muitas delas estão certificadas para 50 utilizações, sendo uma mera indicação do produtor, podendo ir mais além”, acrescenta.
Susana Fonseca lamenta até “alguma dificuldade em compreender que tantas pessoas demonstrem já tantas preocupações com as alterações climáticas e poluição e que depois não hesitam em usar máscaras descartáveis, sem que haja uma justificação ou económica”. Escolhendo as reutilizáveis há margem para ajudar a economia nacional, acrescenta ainda a especialista.
Mas se houver uso de opções descartáveis, a ambientalista lembra que elas “devem ser colocadas no lixo comum” uma vez que “não existe recolha seletiva”. Recomenda ainda que sejam cortados os elásticos. “Por alguma razão, podem voar durante o transporte do lixo ou no aterro e, por isso, é importante destruir a máscara daquela forma”, refere.
Já sobre as reutilizáveis – que devem ser lavadas na máquina e não à mão para evitar gasto exagerado de água – e findo o uso, Susana Fonseca lembra que “podem ser lavadas e colocadas junto a outros têxteis para reciclar em pontos que fazem a recolha desse tipo de materiais”.
