Design Redentor: 10 peças que nos fazem sentir bem com o consumo

Desde que o primeiro homem, há muuuuuitos milhares de anos, pegou numa pedra para lhe bater com outra e fabricar uma ferramenta, temos vindo a usar os recursos do planeta em nosso proveito. Claro que fabricar ferramentas com calhaus não faz disparar os níveis de dióxido de carbono mas há já muito tempo que substituímos o sílex por aço e a pele de lobo por nylon.

Fontes oficiais e creditadas como a National Oceanic and Atmospheric Administration confirmaram já que 2016 tem sido o ano mais quente desde que há registos, 1880, e que por muito que alguns interesses instalados defendam que não, tal se deve ao uso abusivo de combustíveis poluentes e à industrialização desenfreada e não-controlada ao redor do planeta.


Leia também Casa de sonho: transforme a sua com um bom plano


As desgraças vêm no mínimo aos pares, e este estado de coisas implica também, pela caça do lucro fácil e rápido, má qualidade de vida para quem trabalha, acompanhada de exploração infantil, ordenados irrisórios e destruição de concorrência mais justa e responsável.

Mas também as felicidades vêm aos pares. Toda uma nova geração de designers e produtores cresceu já alertada para este tipo de problemas, que não são de agora, mas porque só agora aparecem nos alinhamentos quase diários dos telejornais e propalam entre os disparates no Facebook começam lentamente a ter peso na opinião pública, e por tabelinha, espera-se, na dos decisores políticos.

O designer contemporâneo, responsável e consciente, tem em conta este estado alarmante de coisas e inclui no projeto uma pegada ecológica o mais leve possível. E os designers realmente excecionais e merecedores de aplauso acrescentam uma parcela para comércio justo e mesmo outra para o uso de mão-de-obra descentralizada, tirando partido da experiência de artesãos especializados pelo tempo e pelo costume, tantas vezes atropelados pela industrialização massiva, e donos de um saber que nenhuma indústria alguma vez aprenderá.