Detectadas bactérias em maquilhagem permanente e tinta para tatuagens

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[Fotografia: Pexels/N-Voitkevich]

Das 75 amostras de tinta para maquilhagem e tatuagens analisadas e produzidas por 14 fabricantes americanos, quase 1/3 (26) estava contaminada com 22 espécies bacterianas diferentes e foram identificadas como potencialmente patogénicas e que prosperam sob a epiderme. E se algumas delas provocam reações adversas simples outras podem levar a septicemias.

Esta é a conclusão de um estudo levado a cabo pela Sociedade Americana de Microbiologia publicado na revista Applied and Environmental Microbiology (e cuja síntese pode ser lida no original aqui) e que procurou detetar riscos de contaminação ainda em fábrica. Uma análise tanto mais relevante quanto mais populares se tornam as tatuagens e as decisões de proceder a tratamentos de maquilhagem permanente. Esta, aliás, “contém mais contaminação bacteriana do que a tinta de tatuagem”, revelaram os investigadores.

De entre as bactérias detetadas em ambas soluções duradouras, foram encontradas as que crescem perante a presença de oxigénio (aeróbicas) e as que proliferam sem esse ambiente (anaeróbicas). Para obter os resultados, os investigadores promoveram o crescimento destes tipos de bactérias em meios de cultura nutritivos e depois incubaram estes meios em três grupos: sob oxigénio, sob pouco oxigénio e sob uma quantidade de oxigénio atmosférico.

A bactéria mais identificada é a Staphylococcus, responsável por infeções de graus variados, seguiu-se a Cultibacterium acnes (provoca acne) e a Sphingomonas paucimobilis (responsável por muitas infecções como peritonite).