Dia Mundial do Livro: as marchas, músicas e sessões de leitura pelo país

O Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, celebrado esta terça-feira, 23 de abril, será assinalado em várias zonas do país, onde estão previstas atividades como marchas, leituras de poemas, ciclos de concertos e exibições de filmes. A data tem como objetivo reconhecer a importância e a utilidade dos livros, assim como incentivar hábitos de leitura na população.

Há uma semana, no passado dia 15 de abril, o Conselho da União Europeia (UE) deu “luz verde” à regulação de direitos de autor, com responsabilidades acrescidas das plataformas, prevendo-se agora que as novas regras entrem em vigor dentro de um ano.

“As novas regras garantem uma proteção adequada aos autores e artistas, ao mesmo tempo que criam novas possibilidades de acesso e partilha de conteúdos protegidos por direitos de autor em toda a União”, salientou a presidência romena da UE, quando da aprovação da diretiva, um dos passos finais para a lei entrar em vigor.

De acordo com o texto final, as ‘gigantes’ tecnológicas (como o YouTube ou o Facebook) passam a ser responsáveis pelos conteúdos carregados pelos utilizadores, devendo celebrar acordos de concessão de licenças com os titulares de direitos e disponibilizar mecanismos de reclamação.

O que acontece por Lisboa

Neste dia especial, o Plano Nacional de Leitura irá celebrar com a marcha “Manifesta-te pela Leitura”, em defesa do livro e da leitura. A marcha terá início na Praça Luís de Camões, em Lisboa, seguirá pelo Chiado, com paragens para leituras em voz alta nas livrarias BD Mania, Bertrand, Férin e FNAC. O desfile será ainda acompanhado por músicos e artistas do Chapitô, que irão fazer a banda sonora desta festa do livro e da leitura, no centro da capital portuguesa.

Mas as iniciativas não ficam por aqui: a Fundação José Saramago recebe a visita do historiador Manuel Loff, para uma conversa sobre o fascismo em Portugal, com entrada livre sujeita à lotação da sala.

Também a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e as Bibliotecas de Lisboa celebram o dia com a iniciativa “Ler em Todo Lado”, que conta com várias atividades, organizadas em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a decorrer em diversas livrarias e bibliotecas durante o mês de abril.

O Jardim dos Coruchéus, em Lisboa, recebe ainda leituras diversas de poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen – de quem este ano se assinala o centenário do nascimento -, por Conceição Candeias e Guilherme Pires, numa seleção de textos feita pelos próprios.

A Biblioteca do Palácio Galveias terá um ciclo de concertos da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, com o quarteto de cordas, constituído por Ulilan Pereira, Guilherme Reis, Francisca Galante e António Marques, que tocarão Shostakovitch, Beethoven e Schullhof.

Na Biblioteca Orlando Ribeiro, também em Lisboa, haverá uma leitura encenada que revisita os textos de Sophia de Mello Breyner Andresen, “Sophia na Biblioteca Andante”.

Os festejos não se ficam por aqui e a Casa Fernando Pessoa, em parceria com o Amoreiras 360º Panoramic View, irá apresentar “Coroai-me de rosas”, na voz dos atores Teresa Coutinho, Miguel Loureiro e António Fonseca. O evento terá entrada livre com lotação limitada a 45 pessoas.

O que acontece no Porto

No Porto, a iniciativa “Todos a Ler!” destaca a obra de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Jorge de Sena – outro centenário de 2019 -, com o programa “Sophia e Jorge 100 anos”, na Biblioteca Almeida Garrett.

O que acontece a sul do país

No sul do país, em Albufeira, na Biblioteca Municipal Lídia Jorge, o ator Luís Marreiros irá apresentar o seu mais recente trabalho, a peça de teatro “A Voz Humana”, de Jean Cocteau, que se centra numa mulher sozinha em palco, que fala ao telefone com o seu (invisível e inaudível) amante perdido, que a deixou para casar com outra mulher.

Aproveite e percorra a galeria de imagens acima e veja alguns dos livros infantis que pode dar aos mais pequenos lá de casa, incentivando-os a adotarem rotinas de leitura.

Livro: “É importante que as meninas vejam modelos femininos”

Margaret Drabble. “O envelhecimento é muito mais fácil para as mulheres”