Diana Chaves: “Sou uma pessoa com sorte, mas não acho que ela nos bata à porta”

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Quais as características que a Diana Chaves Empreendedora vai buscar à Diana Chaves atriz?

Digamos que sendo atriz, empreendedora ou apresentadora, sou sempre eu. As características que vou buscar são as minhas. Ser empreendedora é uma faceta que, nos tempos que correm e tendo uma profissão que muitas vezes não é certa, é uma segurança. Trata-se de outra vertente para assegurar o meu futuro e me realizar noutro tipo de áreas. Claro que são características que estão presentes na minha personalidade, independentemente da minha faceta de atriz, de apresentadora ou do que for.

A experiência de trabalho em publicidade contribuiu de alguma forma para a sua vertente empresarial?

Claro que o facto de ao longo destes anos lidar com publicidade, vendo marcas e identidades usarem a minha imagem, fez com que me apercebesse que eu própria poderia fazê-lo. Isto se surgir um produto meu que faça sentido – não tem que ser uma coisa forçada – com naturalidade.

Quando surgiu a ideia de ter uma fragrância própria?

Foi uma situação que surgiu naturalmente, no seguimento da minha relação com a Equivalenza. Foi um passo natural.

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Quem propôs a parceria?

Foi um convite da Equivalenza.

E porquê esta associação?

É uma marca jovem, dinâmica, empreendedora e que está no mundo todo. Identifico-me com os valores da marca, com a postura de toda a equipa que é unida, como uma família. Dos diretores aos lojistas, todos têm uma opinião a dar. Eu gosto de trabalhar em empresas que trabalham em equipa e dão importância à opinião de quem está no front office.

Quanto tempo demorou a desenvolver o produto?

Quase um ano. Trata-se de um processo moroso que passa por várias fases até atingir a perfeição.

Como é que se mede o êxito da fragrância? Estabeleceram número mínimo de vendas?

Claro que é através das vendas e do feedback do público que temos a perceção da aceitação do produto, e neste caso, têm sido muito positivos.

O que distingue o Fragrância das outras no mercado?

Esta foi feita por mim (risos) em conjunto com a perfumista, naturalmente. Mas é, efectivamente, uma fragrância criada à minha imagem e ao meu gosto. Fiz parte de todo o processo. Sei que por vezes as marcas criam um produto e associam-no ao nome de alguém, à imagem de alguém, mas não foi o caso. Eu fiz questão – e a marca também – de fazer parte de todo o processo criativo. Este perfume é a minha essência.

Pode esperar-se outro tipo de produtos pessoais brevemente?

Para já não. Já tenho as minhas colecções de calçado e maldas da Cubanas, a minha linha de bodies, a Pariiis, e agora o meu perfume. Para a frente logo se verá!

O produto chama-se Lucky By Me por se sentir “abençoada pelo percurso profissional e a família que construiu”. Que balanço faz da carreia que agora se desdobra entre a televisão e o mundo empresarial, sem esquecer a felicidade familiar?

Eu sempre disse que, para mim, o mais importante é a estabilidade emocional. Se estiver bem emocionalmente, tudo corre bem. Eu sou uma pessoa positiva e com sorte – daí o nome do perfume – mas não acho que ela nos bata à porta. Nós procuramos e fazemos a nossa sorte. Temos que aproveitar todas as oportunidades que nos surgem, lutar por elas e traçar o nosso destino. Tenho feito isso um dia de cada vez, não sou uma pessoa que se preocupe muito com o futuro ou, pelo menos, não sou obcecada com isso. Claro que quero ter um futuro bom, mas vou trabalhando nesse objectivo, cada dia um bocadinho. Para mim a base é a família, tudo o resto surge naturalmente. Quando gostamos do que fazemos e nos empenhamos, o resultado é sempre bom.

Muitas caras conhecidas da televisão começam a apostar em negócios paralelos. Essa estratégia tem a ver com ter outras soluções de rendimentos ou prende-se com o objetivo de construir uma marca própria, independentemente do setor?

Como referi há pouco, nesta profissão nada é certo. Num dia tudo parece correr bem e, no dia seguinte, pode já não ser assim. Mesmo não pensando muito no futuro, se podermos aproveitar o que temos no momento de bom e tirar proveito disso, devemos fazê-lo. No entanto, não deve ser forçado. Devemos acreditar no que fazemos e, se assim for, tudo se conjuga e corre bem.

Há riscos associados ao desenvolvimento de uma linha de um produto pessoal?

Existe sempre o risco de as pessoas não se identificarem com os produtos ou de existirem críticas, mas isso faz parte. Toda a gente sabe que isso pode acontecer e, é como dizem, “Quem não arrisca, não petisca!” (risos).

Esses riscos são avaliados pela Diana ou há também uma equipa de consultores?

Esses riscos são avaliados por mim e pela minha equipa, da agência Glam, de uma forma natural. Como em tudo há prós e contras, tudo é avaliado e analisado do mesmo modo.