Mais de uma centena de vítimas acusa o ‘rapper’ Diddy de agressão sexual violenta ou violação, abuso sexual, facilitação de sexo com substâncias, detenção, prostituição forçada, má conduta sexual, divulgação de gravações de vídeo e abuso sexual de menores. A lista de incriminações contra o músico e empresário, detido desde 16 de setembro, é vasta e pode vir a ser ampliada uma vez que há mais “100 novos casos a serem investigados”.
O volume de alegados crimes perpetrados foram revelados esta terça-feira, 1 de outubro, pelo advogado norte-americano Tony Buzbee e que representa as vítimas. O causídico afirmou que, das 120 pessoas que solicitaram os seus serviços, metade são mulheres. Mais: 25 dessas alegadas vítimas eram menores à data dos incidentes, que terão ocorrido em Los Angeles, Nova Iorque e Miami quer durante audições para a editora do rapper, a Bad Boy Records, quer durante festas.
De acordo com as denúncias, o advogado revela que as agressões terão ocorrido, em “90% dos casos”, após as vítimas terem sido drogadas.“Se recusasses uma bebida, eras convidado a sair”, descreve a equipa de acusação com base nas denúncias que lhes chegaram em pouco mais de 15 dias: “mais de 3.285” chamadas de denunciantes dos crimes de Diddy.
Uma das vítimas, com nove anos à data da alegada agressão, terá sido abusada sexualmente pelo músico e por outros elementos da equipa sob promessa – aos menor e aos pais – de contrato com o rapper.
Recorde-se que as acusações contra Diddy começaram a surgir há cerca de um ano, em novembro, quando a cantora, compositora e manequim Cassie Ventura, então companheira de Diddy entre 2007 e 2018, apresentou queixa contra o ex-namorado por agressão física e violação, tendo sido revelados registos videográficos, datados de 2016, de empurrões e pontapés do rapper à então namorada. O músico negou, tal como mantém agora: nega todas as acusações de que tem sido alvo.
“Combs nega enfática e categoricamente como falsa e difamatória qualquer alegação de que ele abusou sexualmente de alguém, incluindo menores”, reagiu na terça-feira, 1 de outubro, a advogada de Combs, Erica Wolff, citada em comunicado e divulgado pela CNN norte-americana.
Diddy está atualmente detido no Centro de Detenção Metropolitano em Brooklyn, Nova Iorque, onde aguarda julgamento por três acusações criminais de tráfico sexual e extorsão após ser indiciado pelo grande júri. Em março, as casas do rapper em Los Angeles e Miami foram revistadas pelo Departamento de Investigações de Segurança Interna.