Dieta mediterrânica pode evitar morte prematura em mulheres, diz estudo

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[Fotografia: Pexels /Koolshooters]

Menos doenças coronárias, menos risco de derrames ou morte por outra qualquer causa. Estes são alguns dos resultados de um estudo sobre a dieta mediterrânica e levado a cabo junto de mulheres. Segundo a equipa de investigadores australiana, este menu alicerçado em grãos integrais, vegetais, frutas, legumes, nozes, peixe e azeite traz benefícios para a saúde do sexo feminino.

Para chegarem a estas conclusões, os investigadores correlacionaram 16 estudos e relatórios publicados entre 2003 e 2021 sobre o impacto da dieta mediterrânica na saúde feminina e no risco de morte. Análises que tiveram lugar sobretudo nos Estados Unidos da América e Europa e que somaram 700 mil mulheres, com mais de 18 anos, e numa monitorização da saúde cardiovascular ao longo de, em média, 12,5 anos.

Ao detalhe, a equipa liderada pela cardiologista Sarah Zaman, da Faculdade de Medicina da Universidade de Sydney, Austrália, concluiu que seguir aquela dieta reduziu em quase ¼ (24%) as doenças cardiovasculares nas mulheres, cortou em 23% a probabilidade de morte independentemente da causa e fez cair em 25% o risco de doença cardíaca coronária. Por detalhar está, para já, a razão pela qual esta dieta é particularmente benéfica para as mulheres e que consiste no corte de gorduras saturadas. “Os mecanismos que explicam o efeito específico do sexo da dieta mediterrânea em [doenças cardiovasculares] e na morte permanecem por explicar”, refere a investigadora principal em comunicado.

Fatores de risco cardiovasculares específicos para mulheres, incluindo menopausa prematura, pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, ou fatores de risco predominantes para mulheres, como lúpus sistémico, podem aumentar independentemente o risco [de doença cardiovascular]”, lê-se na nota produzida pela equipa.