Diga não às compras compulsivas

A 28 dias do fim dos saldos, os preços estão cada vez mais baixos o que torna mais difícil resistir ao impulso de comprar belas pechinchas.

Comprar sabe bem e faz ainda melhor. Até certo ponto. Quando feitas de forma ponderada e moderada, as compras incrementam o bem-estar e dão-nos a sensação de autorrealização, já o comprovaram vários estudos. Estamos a mimar-nos e cuidar de nós com o fruto do nosso trabalho. No entanto, se forem feitas de forma compulsiva, podem levar ao endividamento (são já 350 milhões euros o valor que os portugueses ficam a dever aos bancos a cada mês). E, mesmo que não se precise de crédito, as compras “nunca devem ser realizadas como compensação de uma sensação, emoção ou sentimentos negativos como a tristeza, a raiva ou o medo, culpa ou a solidão. De outro modo, este prazer pode tornar-se patológico e prejudicial”, alerta o psicólogo Miguel Gonçalves. “E compulsivo”, acrescenta.

Quem compra compulsivamente, fá-lo para aumentar a autoestima ou curar feridas ou minimizar desapontamentos. Regra geral este comportamento que se estima atingir entre três a cinco por cento das mulheres dos países desenvolvidos acaba por aumentar o mal-estar, a médio longo prazo, criando ansiedade, angústia e sentimentos de culpa, provocados pelo descontrolo financeiro que acaba por daí advir. E, numa situação extrema, pode mesmo conduzir a um distúrbio classificado como oniomania – uma patologia psicológica preocupante.

Saiba, por isso, como evitar cair em excessos, seguindo estas dicas, úteis sobretudo em época de saldos. Veja a galeria!

Sara Raquel Silva

Oniomania: quando se vive em função das compras