Dilma Rousseff: Mensagem ao Senado e ao povo brasileiro

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FILE PHOTO - Brazil's suspended President Dilma Rousseff reads a letter to the country in Alvorada Palace in Brasilia, Brazil, August 16, 2016. REUTERS/Adriano Machado/File Photo - RTX2LDU6

São quatro as páginas que Dilma Rousseff leu na íntegra hoje no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidente do Brasil. Na ‘Mensagem ao Senado Federal e ao Povo Brasileiro’ a Presidente afastada que será julgada pelo crime de responsabilidade a partir de dia 25 de agosto afirmou que “a democracia há de vencer”.

Antes dessa despedida otimista, Dilma Rousseff fez um ato de contrição reconhecendo que nem todas as políticas esperadas pelo povo brasileiro foram aplicadas. No entanto, reafirmou a inocência, a honestidade, e referiu que a obra feita não deve servir para a julgar. A Presidente afastada repete várias vezes a injustiça que é condenar um inocente por um crime não cometido.

Rousseff nesta declaração desenvolveu também a ideia da necessidade da reforma do sistema político que diz estar “esgotado” e compromete-se a convocar eleições antecipadas caso se venha a comprovar a sua inocência com o consequente regresso de Dilma à Presidência do país.

“Resisti ao cárcere e à tortura,” disse Dilma. “Gostaria de não ter de resistir à fraude e à mais infame injustiça.”

As críticas na mensagem foram dirigidas aos deputados, à forma como se iniciou este impeachment e também às consequências que o Brasil está a sofrer por este momento de estagnação política, numa fase dura crise económica mundial, alertando para a necessidade de restabelecer a democracia plena, pelo voto de 110 milhões de eleitores.