A festa foi do desporto, mas a moda não se furtou à competição. Em noite de abertura dos Jogos Olímpicos, em Paris, na noite de sexta-feira, 26 de julho, houve dança, música, mistério, acenos, barcos no rio Sena e muita ousadia.
A Dior foi uma das insígnias predominantes na noite de celebração, tendo assinado os vestidos e as peças usadas pelas principais cantoras da noite: Maria Grazia Chiuri e a maison abriram com Lady Gaga entre plumas rosa e negras e fecharam com Céline Dion na Torre Eiffel com pérolas e mais de 500 metros de franjas num vestido branco.
Pelo meio, houve plumas douradas de Aya Nakamura, calças com bordados que brilhavam ao ritmo do som da música Imagine – na voz de Juliette Armanet – e um vestido de oito metros de comprimento no corpo da mezzo soprano Axelle Saint-Cirel.
Momentos em que a Dior, afirma em comunicado, diz querer homenagear “as mulheres e o poder feminino ao irradiar empoderamento, liberdade e autoafirmação – valores tão caros à Maison e à Diretora Artística, Maria Grazia Chiuri”.
E se chegaram peças carregadas de bordados e tradição da casa de moda, houve também espaço para a tecnologia. “Juliette Armanet vestiu um fato Dior – ultrapassando os limites das técnicas contemporâneas – criado em colaboração com a bordadeira Clara Daguin. Graças a um engenhoso sistema de programação, a luz do bordado foi ativada ao ritmo da música, know-how característico de Clara Daguin, que entrou em um diálogo com as propostas da Dior para desenvolver esta criação performativa surpresa”, invoca a nota enviada às redações.
Com Gaga a interpretar Mon truc en plumes, em homenagem a Zizi Jeanmaire, houve plumas também para os bailarinos e para “a coreografia de culto de Roland Petit – para a qual Christian Dior já tinha desenhado fatos de balet”, como avança o comunicado.
Com Aya Nakamura, a casa francesa aposta em milhares de penas douradas colocadas uma a uma nos fatos da intérprete e dos bailarinos que a acompanharam.
[Fotografia:Esa Alexander / POOL / AFP/Divulgação Dior]
Já Axelle Saint-Cirel, que interpretou a La Marseillaise no telhado do Grand Palais, usou um vestido ”com mais de oito metros de comprimento, encarnando todo o domínio do drapeado, específico da casa Dior”.
Num outro momento, a partir da ponte Alexandre III, “um coro de mulheres, todas vestidas com folhos na cintura também reinventados por Maria Grazia Chiuri”, lê-se no comunicado. “Como um hino à irmandade, as coristas carregavam uma bandeira revisitando a obra Freedom Woman Now, criada em 1971 pela artista afro-americana Faith Ringgold (1930-2024), figura histórica da sonoridade feminista; um símbolo forte enriquecido com as palavras ‘Mulher’, ‘Liberdade’ e ‘2024’”.
Algumas destas criações vão poder ser visitáveis a partir de 31 de julho, na La Galerie Dior, informa ainda a maison francaise.