Do ponto A ao U. Mapa do prazer sexual feminino

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[Fotografia: Anete Lusina/Pexels]

A sexualidade é sempre caminho de descoberta, mas há também território já conhecido e mapeado. Por isso, e para que não restem dúvidas, a sexóloga clínica Megwyn White explica os principais pontos de prazer feminino, como os descobrir e como potenciar o prazer.

Um trilho que se pode cumprir a solo, mas também em conjunto. Afinal, conhecer é o segredo de tudo, sem nunca esquecer a importância e o papel que o cérebro e a autoconsciência do corpo desempenham nesta jornada.

Veja, por isso e em dia Nacional da Saúde Sexual, que se assinala neste domingo, 4 de setembro, os quatro pontos principais do prazer femininos mapeados pela também diretora de Educação Sexual da marca de sex toys Satisfyer.

Ponto A: “Para encontrar o A-spot precisa de encontrar a ponta do seu colo do útero quer através da sua própria mão ou através de um brinquedo. Quando tocar na cérvix, ao ir até ao fim da vagina, sentirá a ponta do colo do útero que é macia e bulbosa, tal como a ponta de um nariz”, explica a séxologa citada em comunicado. “O A-Spot é aquela pequena fenda onde o colo do útero encontra o topo do seu canal vaginal na direção do umbigo”, explica.

Trata-se de uma zona erógena vaginal profunda e forma uma abóbada entre o cérvix e a bexiga e é uma área na qual coincidem diferentes nervos sexuais, o que a torna um ponto excelente para expandir a capacidade do prazer.

Ponto G: É um dos mais célebres, se não mesmo o mais, pontos erógenos reputados em múltiplos textos. Conhecido como ponto Gräfenberg, nome emprestado do ginecologista alemão que o descobriu, é uma zona “localizada a cerca de 1 a 2 centímetros dentro da parede superior da vagina”.

“Estimular este ponto com uma pressão direta e consistente pode proporcionar uma sensação intensa quando a mulher está excitada, e em alguns casos pode causar uma descarga poderosa do fluído corporal, conhecido como ‘’squirting’’ ou ejaculação feminina. A sexóloga recomenda que “a estimulação indireta do clítoris com os dedos ou com um brinquedo sexual, sendo as melhores posições “a de missionário ou posição de quatro apoios com as mãos e joelhos no chão”.

 

[Fotografia: Divulgação/Staisfyer]

 

Ponto K: “Para o encontrar, recomenda-se a utilização de um acessório mais subtil que ajude a desencadear as terminações nervosas em redor desta área, como uma escova seca ou uma pedra quente, ou simplesmente meditando e respirando para este ponto”, refere a especialista. Um caminho que pode ser feito a dois, com recurso – prossegue a sexóloga clínica – “a um óleo de massagem quente ou um lubrificante combinado com uma massagem firme”. “Fazer deslizar a cabeça do pénis lentamente para baixo como se estivesse a atingir este ponto e depois mover-se entre os glúteos pode ser um aquecimento surpreendente para a penetração, ao mesmo tempo que ativa a kundalini”, acrescenta.

Ponto U: A inicial indica uretra e corresponde, refere White citada em comunicado, “à área em torno da abertura uretral, entre o clítoris e a abertura vaginal”. Mas deixa uma nota: “Embora seja um ponto sensível e prazeroso, não é tão intensamente prazeroso quanto o G-spot ou o A-spot. É, contudo, uma área magnífica para estimular durante os preliminares.”

“A melhor maneira de estimular diretamente este ponto é com algo mais pequeno como um dedo, língua, ou um brinquedo sexual”, recomenda Megwyn White.

A especialista lembra, por fim, que, “em geral, mamilos, peito, pescoço, interior das coxas e glúteos são zonas erógenas” porque “todas elas podem ajudar a aumentar a conexão aos músculos do pavimento pélvico e ajudar a desencadear contrações orgásmicas”.