Fundação do Príncipe Carlos esta ser investigada por corrupção após doações

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Camilla Parker Bowles e Príncipe Carlos [Fotografia: Clarence House/Instagram]

A polícia de Londres anunciou esta quarta-feira, 16 de fevereiro, que abriu uma investigação sobre doações à fundação do príncipe Charles, que pugna pelas causas do meio ambiente e cultura.

A entidade do herdeiro do trono britânico está apontada por corrupção em eventuais trocas de concessões de títulos honorários. “Esta decisão é consequência da análise de uma carta de setembro de 2021. Está relacionada com artigos publicados da imprensa sobre supostas ofertas de ajuda para garantir honras e cidadania (britânica) a um cidadão saudita”, detalhou em comunicado a Scotland Yard. Até ao momento, segundo a mesma nota citada por agências, ninguém foi detido.

Os investigadores entraram em contacto com “pessoas suspeitas de terem informações relevantes”, assim como com a Fundação do Príncipe, que “forneceu uma série de documentos”.

Suspeita-se de que o seu agora ex-ajudante de ordem Michael Fawcett tenha usado as suas influências para ajudar o empresário saudita Mahfouz Marei Mubarak bin Mahfouz, um generoso doador de instituições beneficentes ligadas à monarquia britânica, a ser agraciado com uma condecoração.

De acordo com o jornal Sunday Times, Mahfouz, de 51 anos, foi nomeado comandante do Império Britânico pelo príncipe Carlos numa cerimônia privada no Palácio de Buckingham, em novembro de 2016. O evento não foi incluído na lista oficial de compromissos reais. Receber esta distinção serviu para apoiar o pedido de cidadania britânica por parte do saudita, relatou o mesmo jornal.

Mahfouz nega qualquer irregularidade neste processo. Fawcett pediu a demissão em novembro de 2021.

A assessoria de imprensa do príncipe de Gales reiterou, nesta quarta-feira, 16 de fevereiro, que ele “não tinha conhecimento da suposta oferta de honrarias ou de cidadania britânica com base em donativos”.

Os jornais britânicos revelaram ainda que a fundação do príncipe Carlos aceitou centenas de milhares de euros de um filantropo russo, o que levou a uma investigação por parte do órgão independente que regula as instituições de caridade na Escócia. O presidente da fundação, Douglas Connell, renunciou ao cargo, mas negou qualquer irregularidade.

com Agências