
Uma cidadã norte-americana apresentou hoje uma queixa judicial contra o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, por abuso sexual, anunciou hoje a sua advogada, Gloria Allred, citada pelo diário britânico ‘The Independent’.
Pelo menos uma dúzia de mulheres tinha já publicamente acusado o magnata nova-iorquino do imobiliário de abuso sexual, acusações que ele sempre negou veementemente.
Só uma delas iniciou um processo judicial contra o multimilionário, mas desistiu do caso pouco depois de não ter querido revelar a sua identidade numa conferência de imprensa.
As acusações foram feitas após a divulgação de uma gravação de 2005 do programa “Access Hollywood”, em que Trump se gabava ao apresentador, Billy Bush, de apalpar as mulheres e não sofrer quaisquer consequências por ser “uma estrela”.
O ‘Independent’ tentou hoje contactar a equipa de Trump para obter um comentário, mas sem êxito.
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A advogada Gloria Allred representou várias das mulheres que vieram a público acusar de abuso sexual o multimilionário, entre as quais Summer Zervos, ex-concorrente do ‘reality-show’ televisivo ‘The Apprentice’, protagonizado por Trump, a atriz de filmes pornográficos Jessiva Drake e a ex-candidata ao título de miss Estados Unidos Temple Taggart.
Allred e a sua cliente, cuja identidade não foi revelada, estarão ambas presentes ainda hoje numa conferência de imprensa para revelar os pormenores do alegado abuso sexual cometido por Trump e do processo judicial.
Mais de 50% das mulheres brancas norte-americanas votaram em Trump nas presidenciais de 08 de novembro do ano passado, o que sugere que se dispuseram a pôr de lado os seus comentários machistas e misóginos e as ações judiciais, mas, em contraste, foram muito menos as mulheres negras e hispânicas que nele votaram.