Duas regras que definem as dietas Iô- Iô e os riscos para o coração e metabolismo

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[Fotografia: Inigo La Maza/Unsplash]

O tempo não está convidativo – com vento e chuva prometidos para os próximos dias –, mas o calendário não permite distrações para quem quer perder alguns quilos a mais e avoluma preocupações com as dietas para o verão.

Porém, antes de começar a fazer restrições, veja bem se consegue transformar esta batalha numa luta mais consistente e duradoura, evitando as dietas de curto-prazo, com perdas rápidas, mas seguidas de ganhos de peso que podem por em risco a saúde.

Regras que definem uma dieta Iô-Iô

De acordo com as explicações avançadas pelo site Medical News Today, uma dieta desta tipologia carateriza-se pela existência de um ciclo de peso que implica a perda intencional e posterior recuperação de, pelo menos, cinco quilos e em três ocasiões ou mais.

Ainda que os efeitos de uma dieta tenha efeitos positivos na saúde física e mental, esta constante oscilação pode esconder perigos e comprometer negativamente a saúde cardiovascular, pois faz com que as marcas da pressão arterial e da glicose flutuem.

Segundo um estudo realizado laboratorialmente em ratos fêmeas e jovens e explorando uma dieta Iô-Iô severa, os investigadores registaram reduções nas funções cardíacas e renais após três ciclos de perda e ganho de peso, apesar de os ratos “parecerem” saudáveis.

De acordo com a análise, apresentada pela Sociedade Americana de Fisiologia, dois grupos de ratos, com oito cada, foram submetidos a testes. Um grupo foi alimentado com uma dieta de 60% de calorias reduzidas por duas semanas, seguida por um período de três semanas de recuperação de peso e durante três ciclos, mimetizando o que está estabelecido como dieta Iô-Iô. O outro grupo foi mantido como controle.

Estes são os riscos detetados

Após o primeiro período de redução de calorias, o grupo de ratos sujeitos a restrições calóricas perderam 20% do seu peso corporal, tendo sido, porém, recuperado durante o período de realimentação nas três semanas que se seguiram.

Nos dois ciclos restritivos seguintes, os ratos perderam 20% e 19%. No final do estudo (dos três ciclos), os investigadores concluíram que o grupo de ratos com restrições calóricas e ganhos de peso registavam também restrições de 20 a 40% no fluxo da artéria renal e no débito cardíaco. Também eram mais resistentes à insulina, um fator de risco para diabetes.

Comunidade científica é cautelosa na extrapolação e vinca que os resultados decorrem do estudo de uma população laboratorial pequena e que não especifica as características que emergem a cada idade. Ainda assim, olham para os resultados como pontos de análise para novas investigações.