Dulce Mota é a nova presidente do Montepio

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Dulce Mota vai assumir a presidência executiva do Banco Montepio a partir de 9 de fevereiro, substituindo Carlos Tavares que passa a presidente não executivo (‘chairman’), disse fonte ligada ao processo à Lusa.

Esta notícia – avançada pelo jornal Público aponta que o Banco de Portugal não concedeu o registo de idoneidade a João Ermida como ‘chairman’ do Montepio por não cumprir o critério de ter experiência recente na atividade bancária, uma vez que nos últimos dez anos não esteve diretamente a trabalhar na banca.

Fonte ligada ao processo disse à Lusa que Dulce Mota assumirá a presidência executiva do Montepio, de que é vice-presidente desde janeiro (vinda do ActivoBank/BCP), de forma interina. Isto significa que de futuro poderá haver novamente mudanças.

Já segundo o Jornal 1, o Banco Montepio substituiu o pedido de autorização de João Ermida para ‘chairman’ por um pedido de autorização para exercer a função de administrador não executivo.

Os cargos de ‘chairman’ e presidente executivo do Montepio têm vindo a ser assumidos por Carlos Tavares, ex-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e que foi ministro da Economia no Governo PSD/CDS-PP de Durão Barroso. Contudo, o Banco de Portugal (BdP) tem vindo a avisar que a situação de acumulação não podia continuar e deu até ao início de 2019 para a situação ser resolvida.

A escolha do ‘chairman’ do Montepio vem a passar por dificuldades desde o ano passado. Em agosto foi noticiado que o grupo Montepio enviou para o BdP um pedido provisório de avaliação da idoneidade de Álvaro Nascimento para presidente não executivo (‘chairman’) do Montepio.

Contudo, o professor da Universidade Católica e ex-presidente não executivo da Caixa Geral de Depósitos (2013 a 2016) — que seria do agrado de Carlos Tavares — não teria o apoio de Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, depois de ter sido conhecido que Álvaro Nascimento criticou num artigo de opinião no Jornal de Negócios a “benesse do crédito fiscal por impostos diferidos atribuído à Associação Mutualista Montepio Geral” e questionou a entrada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa na CEMG pelo montante de que então se falava.

O Banco Montepio chamava-se até recentemente Caixa Económica Montepio Geral, designação que foi alterada, mas que falta comunicar aos clientes, designadamente através da mudança da imagem nas agências.

Desde o ano passado que o Montepio estava a trabalhar na mudança da marca comercial, seguindo uma recomendação do Banco de Portugal que sugeriu que fosse feita de modo a que os clientes compreendam facilmente a diferença entre a Caixa Económica Montepio Geral e a Associação Mutualista Montepio Geral e os diferentes tipos de produtos financeiros que vendem.

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