E a Bola de Ouro feminina vai para… Alexia Putellas

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[Fotografia: FRANCK FIFE / AFP]

A espanhola Alexia Putellas, atacante do Barcelona, fez história ao tornar-se na primeira mulher a conquistar uma segunda Bola de Ouro, nesta segunda-feira, 17 de outubro, em Paris, depois de ter levado o troféu em 2021, tornando-se também a décima primeira jogadora, tanto no masculino quanto no feminino, a obter o prémio mais de uma vez.

A atacante catalã de 28 anos, que tinha conquistado a Bola de Ouro no ano passado após o triunfo do Barcelona na Liga dos Campeões, voltou a receber o troféu numa temporada em que o Barça foi finalista do torneio continental, perdendo para o Lyon por 3 a 1, jogo no qual marcou o único golo pela equipa.

“Estou muito feliz, muito feliz. Quando conseguimos vencer o primeiro, decidi melhorar este ano para me colocar a serviço da equipa”, afirmou a atleta galardoada após receber o prémio das mãos do ex-jogador ucraniano Andrei Shevchenko, vencedor da Bola de Ouro, em 2004. “Sem as minhas colegas eu não estaria aqui. Quero agradecer à comissão técnica e às pessoas que me ajudaram a melhorar a cada dia. A todas as pessoas que trabalham no clube”, acrescentou.

Num ano em que marcou 34 golos e deu 21 assistências em 43 jogos, Putellas, apesar de ter perdido a final da Champions, foi a artilheira do torneio europeu, com onze golos marcados, a eleição como a melhor jogadora da competição, alcançando há uma semana o prémio da UEFA de melhor jogadora da temporada.

Karim Benzema vence no masculino

O futebolista Karim Benzema revelou que vencer a Bola de Ouro é um “sonho de criança”, concretizado aos 34 anos, como avançado dos espanhóis do Real Madrid e da seleção de França.

“Ver este troféu à minha frente é motivo de orgulho. Penso em quando eu era pequeno, todo o trabalho, nunca desisti… É um sonho de criança, cresci com isto na cabeça”, assumiu o internacional gaulês, que sucede a Lionel Messi.

Benzema, de origem argelina, cresceu em Lyon no conflituoso bairro de Bron, sendo salvo pelo futebol que o afastou dos problemas e o fez trabalhar para atingir o nível de um dos seus maiores ídolos, o brasileiro Ronaldo Nazário.

“É a Bola de Ouro do povo. Este sonho de criança tem muito trabalho e também muitos momentos difíceis, como quando não podia ir à seleção. Mas não me deixei abater, continuei a trabalhar nos treinos, pensando que tinha a sorte de jogar futebol. Estou orgulhoso da minha carreira”, assumiu.

Benzema recordou a família humilde, dedicou o troféu à sua mãe, que subiria ao palco, tal como o seu pai e filho, e recordou que “não há idade” para se chegar a melhor do Mundo do futebol, sendo o mais veterano a consegui-lo, desde o britânico Matthews em 1956.

“Não há idade, cada dia mais jogadores depois dos trinta mostram vontade de melhorar. Treino mais do que os outros e isso permitiu-me, depois dos 30, manter sempre o sonho de ganhar, evoluindo”, vincou.

Deixou ainda um elogio ao “ídolo” Ronaldo Nazário, considerando que “não há outro avançado” como o brasileiro e que o que este fez “é impossível de repetir”, classificando-o como um “fenómeno” para todos os atacantes.

com agências