
Durante décadas, era comum as estrelas ficarem com as peças da autoria de marcas de luxo e que usaram nas noites de gala. Contudo, desde os anos 90 do século passado e pela mão de John Galliano na Dior e pela pose de Nicole Kidman, a indústria da moda de autor passava a seguir todo um novo rumo. Foi o êxito daquela dupla e o impacto dos media que transformou, para sempre, a forma como a moda se dava a conhecer, juntando as red carpets às passerelles.
Mas enquanto o pano do evento cai e começa a viagem do vestido pelos media no mundo, durante dias, a peça mergulha na escuridão. Uma semana depois dia gala de prémios dos Globos de Ouro, a estação norte-americana CNN foi ouvir especialistas e revela que estas roupas pode, ter múltiplos destinos e, atualmente, raramente ficam na posse da celebridade.
Desde o regresso do vestido à casa mãe, onde pode ficar em arquivo ou stock, até à possibilidade de integrarem o acervo de museu ou uma exposição, as peças podem ser vendidas e, em muitos casos leiloadas, valorizando com o facto de terem sido usadas por celebridades.
“Aqueles dias em que um vestido era guardado e esquecido por muitos anos e redescoberto infelizmente acabaram”, observou ao canal norte-americano a especialista em malas e moda da leiloeira Sotheby’s. Lucy Bishop revela que as regras mudaram e que, atualmente, “quando um vestido é usado no tapete vermelho, geralmente há um plano prévio estabelecido para definir onde vai acabar.”