Estes são os países que oferecem melhor qualidade de vida às mulheres

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Noruega, Suécia, Canadá, Finlândia e Islândia. São estes os cinco países que melhores condições de vidas oferecem às mulheres. É este o resultado de um estudo promovido pelo Nestpick, um site de arrendamentos imobiliários, sobre a qualidade de vida das mulheres em 100 países diferentes.

No fundo desta Women’s Liveability Index 2019 surgem Moçambique, Uganda, Paquistão, Etiópia e Nigéria, com este último classificado como o pior país para uma mulher viver. Já Portugal ocupa o 25.º lugar em 100, com Espanha e o Reino Unido uns lugares à frente (17.º e 19.º respetivamente) e a uma longa distância do Brasil, que ocupa já a segunda metade do ranking na 63.ª posição.

A classificação de cada país nesta lista surgiu após a análise de vários indicadores e categorias, com base em dados de organismos oficiais, como o Banco Mundial, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, a UNESCO, Nações Unidas e a União Interparlamentar (UIP).

Todos os 100 países referidos no estudo foram avaliados em quatro principais grupos, divididos em sub-categorias, consideradas essenciais para o bem-estar feminino: infraestrutura, desigualdade, legislação e trabalho. A categoria das infraestruturas (saúde, segurança e educação) foi a que ocupou mais peso na decisão final da lista e aqui foram avaliados dados sobre esperança média de vida, taxa de alfabetismo e ainda violência doméstica.

Já sobre o tópico da desigualdade, os parâmetros abarcam a desigualdade salarial, as taxas de imposto aplicadas sobre produtos de higiene feminina e o tráfico humano. A categoria da legislação compreende números sobre as leis de divórcio, os dias de licença de maternidade e o sufrágio feminino. Por fim, o setor do trabalho estuda a percentagem de mulheres em cargos de chefia, a representação feminina no governo, o números de atletas nos jogos olímpicos e ainda de mulheres empresárias.

De acordo com o estudo, enviado para jornalistas mulheres de todas as nacionalidades visadas, Portugal é um dos melhores países para se viver considerando a categoria da saúde. Conclusões que surgem após análise do acesso ao sistema de saúde, da taxa de mortalidade associada a doenças mamárias ou do colo do útero, o uso de contracetivos sexuais, a baixa mortalidade no parto, o número de vítimas de mutilação genital, entre outros indicadores. À frente de Portugal neste campo estão apenas Noruega, Malta, França, Espanha, Finlândia.

No que diz respeito aos países com maior população feminina, Portugal está também nos lugares do topo com 52.67%, sete posições abaixo da Letónia que lidera a lista com 54.07%. Por oposição, Portugal ocupa as 20 piores posições do ranking no que diz respeito à participação de atletas femininas profissionais nos jogos olímpicos, com base nos dados do último evento, que decorreu no Rio de Janeiro, em 2016.

Ainda sobre os dados referentes a Portugal, fica-se a saber que 8 de Novembro é a data a partir da qual as mulheres trabalham de graça, considerando as diferenças salariais entre os dois sexos. Setembro, outubro e novembro são os meses mais frequentes nesta categoria como as datas em que as mulheres deixam de ser pagas pelo seu trabalho, nos vários países. Embora haja exceções: no Laos e na República dos Camarões as mulheres ganham mais do que os homens, sendo que continuariam a receber salário até janeiro do ano seguinte. É preciso ter em mente, no entanto, que um salário médio no Laos representa, aproximadamente, 55 euros.

O Women’s LiveabilityIndex 2019 conclui também que a Estónia, Eslováquia e Finlândia são os países com mais dias possíveis de licença de maternidade pagos, podendo as mulheres ficar até 1162, 1148 e 1127 dias em casa, respetivamente, compreendendo as várias modalidades (incluindo a licença de paternidade). Em Portugal, o período da licença de maternidade total, possível e pago, foi fixado em 211 dias.

O estudo aborda ainda o sufrágio feminino. O primeiro país da lista a conceder o voto feminino foi a Nova Zelândia em 1893 e, apenas 38 anos depois, Portugal veria aprovado o decreto n.º 19 694, de 5 de Maio, permitindo às “mulheres, chefes de família viúvas, divorciadas ou separadas judicialmente e tendo família a seu cargo, e as mulheres casadas cujo marido está ausente nas colónias ou no estrangeiro” o voto. Espanha e Sri Lanka partilham a mesma data.

Entre outras considerações, o ranking conclui que a representação de mulheres no governo é liderada pelo Ruanda, Suécia, França e África do Sul; no entanto, o risco de “pobreza de período”, ou seja, a falta de acesso a produtos de higiene femininos faz-se sentir mais também no Ruanda, além da Tanzânia e da Nigéria.

Sobre o tráfico humano, o estudo revela não ter encontrado suficiente consistência nos dados recolhidos, tendo colocado mais ênfase no esforço de cada país em combater esta realidade. Rússia, Irão e Venezuela estão entre os mais perigosos para se viver, nesta matéria. Pode consultar o estudo completo aqui.

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