O ministro das Finanças português, Mário Centeno, foi esta segunda-feira eleito presidente do Eurogrupo, ao impor-se na segunda volta da votação realizada em Bruxelas, anunciou o Conselho da União Europeia.
De acordo com fontes europeias, Centeno foi o mais votado na primeira volta (oito votos), após a qual saíram da “corrida” a letã Dana Reizniece-Ozola e o eslovaco Peter Kazimir, tendo o ministro português derrotado o candidato luxemburguês Pierre Gramegna na segunda volta da eleição.
A única mulher que disputava, nesta fase final, o cargo com Mário Centeno tem 36 anos, quatro filhos, é campeã de xadrez, corre o mundo para participar nos campeonatos e integrou, em 28º lugar, a lista das pessoas que mais podem vir a mudar o mundo em 2017. A sua eleição, apesar de improvável, tinha sido apontada pela imprensa internacional como uma forma de “limpar a imagem” do Eurogrupo, um conjunto de decisores nacionais maioritariamente masculinos. Valores de transparência e igualdade de género eram alguns dos valores defendidos por esta candidatura.
Recorde-se que o Eurogrupo ficou manchado pelas declarações machistas e xenófobas do seu atual presidente, Jeroen Dijsselbloem, que em março deste ano atacou os países do sul.
Centeno torna-se assim o terceiro presidente da história do fórum de ministros das Finanças da zona euro, depois do luxemburguês Jean-Claude Juncker e do holandês Jeroen Dijsselbloem, assumindo funções em janeiro próximo.
Ainda esta segunda-feira terá lugar uma conferência de imprensa na qual Dijsselbloem apresentará o seu sucessor, Mário Centeno, que iniciará em meados de janeiro um mandato de dois anos e meio, até meados de 2020.
O contexto não iliba Dijsselbloem. É “categoricamente sexista e misógino”