Pode não ser para já até porque a Inteligência Artificial (IA) ainda terá de integrar, entre outros aspetos, as diferenças culturais entre os povos e a privacidade. Contudo, no ponto em que está e somando dados de múltiplas fontes, consegue atualmente, em alguns sistemas de reconhecimento emocional de ambiente simulado, chegar a taxas de 80% de precisão.
Contudo, salvaguardas à parte, uma revisão académica ampla publicada na revista internacional CAAI Artificial Intelligence Research, e que analisa como as múltiplas ferramentas da IA estão a revolucionar o campo das emoções, abre portas para a capacidade de leitura de emoções e respostas imediatas em consultas médicas, salas de aula e até chamadas de apoio técnico. “A IA tem o potencial de transformar campos como saúde, educação e atendimento ao cliente, facilitando experiências personalizadas e compreensão aprimorada das emoções humanas”, afirmou, em comunicado, o autor da pesquisa, Feng Liu, investigador na Faculdade de Ciência Computacional e Tecnologia da East China Normal University.
Para o autor do estudo (que pode ler no original aqui), está-se apenas um passo de, entre vários exemplos, ter na palma da mão, no smartphone, a deteção de níveis de stress, com capacidade de resposta para dicas de relaxamento com terapeutas virtuais.
De entre os desenvolvimentos da IA que mais suscitam entusiasmo estão as teorias psicológicas, que começam a fazer a justaposição de emoções e de traços de personalidade, que possibilitarão uma leitura mais acutilante e fiel ao que a pessoa está efetivamente a sentir.