E se pudesse ter formigas como animal de estimação?

E se pudesse ter formigas como animal de estimação? Parece estranho, mas o Pet Festival vai provar que não é impossível. A partir do dia 1 de fevereiro, e até domingo, o evento ocupa a FIL, em Lisboa, e promete, entre outras coisas, desmistificar vários temas sobre os nossos animais de companhia.

Várias são as novidades que a edição deste ano vai trazer aos seus visitantes, sendo uma delas a de mostrar a possibilidade de se ter formigas como animal de companhia. Pela primeira vez, a Mirmex estará presente no Pet Festival – uma fábrica de formigas de estimação, desenvolvida por Eduardo Sequeira, que estuda formigas há mais de 15 anos, provando que é mesmo possível ter estes pequenos insetos como animais de companhia.

Esta “fábrica de formigas” já desenvolveu um conjunto de formigueiros em acrílico adaptados à maioria das espécies portuguesas para que qualquer pessoa possa ter a sua colónia de formigas em casa, no trabalho ou na escola.

Na galeria de imagens acima vai encontrar também outras novidades presentes no Festival e contadas ao Delas.pt pelas mãos da própria organização do evento.

Os animais de estimação no combate à solidão

Um dos objetivos do Pet Festival é, precisamente, apelar aos sentimentos e à envolvência entre o núcleo familiar e o seu animal. Para muitos, o animal de estimação é mesmo considerado um membro da família e o “Pet Festival tem vindo a ‘conquistar’ lugar na agenda de todos aqueles que gostam de se reunir com outros que partilham dos mesmos interesses e paixões”, confirmaram os membros da organização ao Delas.pt.

O tema deste ano é “Não à solidão, tenha um animal de estimação” e procura passar a mensagem da importância e benefícios de um animal de companhia, seja ele qual for, junto das pessoas de todas as faixas etárias. “Desde as crianças, ajudando no combate ao sedentarismo, como no caso dos mais idosos, que têm num animal uma companhia incondicional para todas as horas”, explicam os membros da organização do Festival.

Mas, afinal, de que forma um animal ajuda combate a solidão? Joana Pereira, veterinária do departamento e comunicação científica da marca de comida para cães e gatos, Royal Canin, afirma que “os animais de estimação fazem uma enorme companhia e são uma excelente adição a todas as famílias“, mas especialmente para quem vive sozinho, contou.

“Conhecem os seus tutores como ninguém, percebem quando estão tristes e alegres, moldam-se às suas rotinas e necessidades. Além disso, o poder cuidar de um outro ser, dar-lhe atenção, carinho e assegurar-se de que ele está bem alimentado, saudável e feliz traz por vezes todo um outro propósito e motivação de vida aos tutores“, acrescenta ainda veterinária.

Já sobre se há animais que ‘ajudam’ mais no sentimento de combate à solidão, a resposta pode não ser tão direta. “Isso varia muito, depende de pessoa para pessoa”, começa desde logo por defender a veterinária, acrescentando que “qualquer animal que nos faça esquecer os nossos problemas, pelo menos momentaneamente, já é uma enorme ajuda no contrariar do sentimento de solidão. Até pode ser um peixinho dourado”, conta.

O importante, sublinha Joana Pereira, é a interação, “a companhia que fazem” e o sentimento, tempo e dedicação que lhes dedicamos. Quando questionada sobre se os gatos fazem ou não menos companhia aos donos, por serem considerados mais independentes que os cães, a veterinária desmistifica:

“Os gatos fazem muitíssima companhia aos seus tutores, gostam de estar onde eles estão, de receber festas ou de estar ao colo do seu humano favorito quando ele está tranquilo no sofá, de se enroscar aos seus pés ao fundo da cama nos dias frios de inverno. São é uma companhia diferente de um cão, por exemplo, que se leva à rua a passear e que tende a ser mais expressivo nas manifestações de afeto e carinho. Os gatos são mais subtis, mas muito presentes”, explica Joana Pereira.

Tratar bem do animal de estimação vs tratá-lo como se fosse uma pessoa

Joana Pereira, médica veterinária do departamento de comunicação científica da Royal Canin, afirma que “esta distinção nem sempre é fácil, especialmente para quem vive sozinho e para quem o animal de estimação seja a sua única companhia”, explicou.

Ainda assim, reitera que o que deve mesmo imperar é sempre o “bom senso, a moderação e a racionalidade”. Para a veterinária, é muito importante “não cair em exageros e evitar que se humanize demasiado os animais – até porque isso é muitas vezes até prejudicial para eles”, conclui.

Percorra a galeria de imagens e veja que novidades vai poder encontrar no Pet Festival, que decorre entre hoje e domingo, na FIL.

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