‘Os Maias’ e tudo o que cabe no “saco” de Eça de Queirós

Quando, em 1881, Eça de Queiroz escreveu ao seu amigo Ramalho Ortigão contando que tinha “o romance praticamente pronto”, descreveu-o como sendo “não só um ‘romance’”, mas um em que pusesse tudo o que tinha “no saco”. Foi assim com ‘Os Maias’ e é assim com a exposição que a Fundação Calouste Gulbenkian abre na sexta-feira, 30 de novembro, ao público, dedicada a esta obra clássica da literatura portuguesa e ao universo do escritor.

‘Eça e Os Maias – Tudo o que tenho no saco’ é uma exposição que parte do famoso romance, no ano em que se assinala o 130º. aniversário da sua publicação, mas que “abre a porta para que se possa ver tudo o que Eça trazia no saco”, descreve a informação da fundação.

Partindo de ‘Os Maias’, enquanto eixo central, esta mostra inclui também outras obras do autor, além de objetos pessoais expostos pela primeira vez em Lisboa.

Serão exibidas crónicas, romances, contos e muitas cartas, fotografias, pinturas, caricaturas, escultura, gravura, música da época e excertos de filmes, bem como objetos do seu espólio pessoal guardados na Casa de Tormes (propriedade da Fundação Eça de Queiroz), que se revelam agora na capital. A secretária pessoal onde Eça escrevia, de pé, e a cabaia chinesa, que lhe foi oferecida pelo Conde de Arnoso, estão entre esses objetos, a que se juntam outras peças que remetem para a geografia física e ficcional do escritor.

Organizada em colaboração com a Fundação Eça de Queiroz, a exposição está patente até dia 18 de fevereiro.

A exposição está organizada por diferentes núcleos, sobre os quais pode saber mais informações, na galeria em cima.

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